A propósito de floribelices, não sei se, após a aprovação da lei do aborto, perdão!, da interrupção voluntária da gravidez, a nova lei do divórcio não gerará mais confusões.
Imaginemos que um tipo, separando-se da namorada depois de a ter engravidado, recusa pagar a pensão de alimentos à criança que ela insiste em ter, alegando que essa decisão foi do estrito domínio pessoal da rapariga, a qual, sabendo em devido tempo da intenção dele, não fez o que poderia ter feito?
Transporte-se isso agora para o que também pode significar ao nível do divórcio.
Tudo a bem da emancipação feminina e da liberdade.
Ou estarei enganado?
5 comentários:
Chiça, caro Gonsalo.
O amigo quer que o blog sofra um 'meltdown'?
Então vai levantar a hipótese de não serem eles os maus da fita?
Mas, e o politicamente correcto que, sistematicamente, sentencia que elas não engravidam sem a colaboração deles?
Só falta vir dizer que há casos em que elas engravidam e nem dão cavaco aos malandros.
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Carmo da Rosa:
"Assim se o tipo engravidou a namorada vai ter que, JUNTAMENTE com a ex-namorada, pagar a alimentação e a educação da respectiva criança, que é para a próxima vez ter juízo e fazer as coisas como devem ser."
Pois, mas ele pode alegar que, uma vez que ela sabia que não continuariam juntos e que, deste modo, não conseguiria prover ao sustento da criança, poderia - como a lei lhe permite e segundo o próprio espírito do legislador (leia-se: da argumentação desenvolvida pela esquerda) - interromper a gravidez. Se o não fez, assume implicitamente, a todo o nível, a responsabilidade dessa decisão. A situação é diferente dos exemplos que deu: não pagar a renda de casa ou não mandar os filhos à escola. As próprias multas podem ser objecto de contestação.
"O rapaz não quer pagar ou não pode, alegando que…. (não interessa pró caso).
Paga o Estado a parte do rapaz."
De outra maneira: pagamos nós.
Errado, pagam todos vós, eu e o Carmo da Rosa nao pagamos por exemplo...
"... nova lei do divórcio não gerará mais confusões"
Muito honestamente não entendo porque é que existe tanto celeuma por causa de se poder divorciar por vontade de uma pessoa.
Um casamento é um contrato, e como em qualquer contrato não é necessário a vontade dos dois para terminar esse contrato. A parte que rescindir esse contrato caso não haja "justa causa" tem de indemnizar a outra parte. Ou o Estado deve andar com uma arma atrás das pessoas a obrigá-las a se amarem e estarem juntas?
Stran:
Homem, estou a começar a ficar preocupado consigo. É que você lê apressada e superficialmente os textos e depois faz como aqueles alunos que respondem sempre "ao lado" por não terem reflectido o suficiente, tanto sobre ele como sobre as questões que ele levanta. Ora como o meu amigo, aqui, nem sequer está nessa posição...
Ora reveja lá a "matéria". É que não é disso que tratam, quer o texto do RoD quer o meu. Eu até nem percebo porque é que as pessoas têm que oficializar uma relação, expô-las socialmente, casar-se, enfim...
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