Talves seja de reler estes dois (1, 2) artigos de António Barreto arquivados no site de Nuno Crato.
Por termos o Magalhãs (amen), será desnecessário animar a malta com este terceiro, de Carlos Fiolhais.
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It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
5 comentários:
«Afastar, tanto quanto possível, mas sem nunca o dizer abertamente, os pais, as famílias e os munícipes da vida da escola, dado que as inspirações mais reaccionárias têm origem nesses grupos sociais.»
Ora aí está, António Barreto no seu melhor.
e ainda se me permitem; «Reduzir significativamente os estudos clássicos e humanistas, assim como o tempo gasto com o património erudito, privilegiando, em substituição, uma "literacia funcional"»
LITERACIA FUNCIONAL!
«O acesso indiscriminado, independente do mérito, ao ensino superior, é seguramente uma das causas do desperdício público (e familiar)»
Massificação do Ensino Superior.
«O crescente desemprego de diplomados pelas universidades revela uma razoável desadequação da formação à vida económica»
A vida económica é traduzida em economia de serviços, educados para o funcionalismo.
Foi isto que a ideologia trilhou.
Construir uma Índia à beira do Atlântico.
Sobre o aumento da desigualdade social, que apesar de um grande esforço orçamental no ensino, não diminui, sublinhei as seguintes afirmações de António Barreto:
É verdade que, até meados ou finais dos anos setenta, o orçamento público para a educação (em percentagem do produto nacional) era, em Portugal, absurdamente reduzido e insuficiente. Depois, começou a subir de modo regular, até atingir níveis significativos, superiores a muitos países europeus. Há quase vinte anos que o sector é de facto a prioridade social do país e dos governos. Ora, os progressos reais na educação, nas taxas de aproveitamento, nos níveis de conhecimento, nos graus de formação científica, cultural e profissional, não parecem ser proporcionais a tão relevante aumento da despesa nacional pública
e
os maus resultados, em termos internacionais, obtidos pelos alunos portugueses, sugerem que a melhoria da educação está muito aquém dos aumentos dos orçamentos.
resumindo:
A "ideologia educativa" em vigor é a grande responsável pela desorganização da escola pública e contribuiu assim, ao fomentar a procura do ensino privado pelas classes médias, para o aumento da desigualdade.
Carlos Fiolhais. Arranjaram-me finalmente aqui um Doutor que houve as minhas preces: Apesar de ele neste caso se referir a uma área restrita - é pena...
Mas essas orientações estão escritas em “eduquês”, o dialecto incompreensível com o qual se tem tentado justificar o nosso “status quo” educativo. O “eduquês” continua, portanto, a fazer estragos.
Ficou famosa a invectiva do ex-ministro da Educação Marçal Grilo, quando um dia pediu que se deixasse de falar “eduquês” para se passar a falar português corrente que todos entendessem. Estava visivelmente incomodado com a obscuridade do discurso de alguns educadores.
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