Em Guantanamo estão arrecadados centenas de islamistas apanhados com a boca na botija, ou a caminho dela.
Não sendo esta uma guerra nos termos descritos nas Convenções Internacionais relevantes (um dos lados não é actor reconhecido do DI), não se aplicam aos prisioneiros, de forma automática, as Convenções de Genebra. Do lado dos islamistas isso foi sempre evidente, já que todos os soldados inimigos capturados foram aproveitados para acções de propaganda e liquidados a seguir, em bárbaros rituais de decapitação (no Afeganistão, os soviéticos capturados eram por vezes completamente esfolados da cintura para cima e deixados a morrer devagar).
Se os islamistas presos fossem considerados prisioneiros de guerra, seria legítimo aos EUA mantê-los detidos até ao fim do conflito.
Não o sendo, não são também cidadãos americanos sujeitos ao foro dos tribunais criminais comuns.
Perante este limbo legal, a administração Bush viu-se na necessidade de criar o conceito de "combatente inimigo", estabelecendo comissões militares para lidar juridicamente com o problema.
Esta situação de excepção foi como carniça e atraíu récuas de obcecados antiamericanos, que viram nela a oportunidade de cevar o seu ódio à “adminstração Bush” e ao “Império”, de um modo geral.
Desde a inacreditável Drª Ana Gomes ao Dr Mário Soares, foi um fartote de peido e coice, devidamente ecoado pelo esquerdismo mediático que assenta praça na generalidade dos meios de comunicação.
A palavra "Guantanamo" tornou-se assim um estímulo que, uma vez pronunciado, desencadeia abundantes salivações odiantes na esquerda mundial.
Por essa razão, tanto Obama como McCain prometeram fechar a prisão.
Todavia, fechar Guantanamo não se pode fazer com uma mera assinatura. A situação de fundo não se alterou.
Alguns dos malmequeres que lá se encontram não são cidadãos americanos e não podem ser julgados no sistema clássico, porque, entre outras coisas, teriam o direito de chamar a testemunhar agentes secretos, arrependidos, etc, e isso iria expor grande parte da intelligence.
E, se absolvidos por falta de prova, teriam de ser libertados em solo americano o que, obviamente, não passa pela cabeça de ninguém.
Por outro lado, a generalidade dos países dos quais são nacionais, ou recusam recebê-los, ou os esperam para lhes aplicarem outro tipo de mimos, pelo que os EUA não os podem legalmente extraditar para lá.
Libertá-los sem mais, tambem não faz sentido, uma vez que não basta abrir as portas da prisão e dizer-lhes que estão livres para irem espairecer no Malécon.
E, diga-se em abono da verdade, também há fundadas dúvidas de que aqueles que tanto apelam ao encerramento de Guantanamo, se cheguem à frente para receberem nas suas casas os amigáveis hóspedes da prisão.
Como vai Obama resolver o assunto?
Na minha opinião, vai ter de fechar Guantanamo o mais rapidamente possível, para se demarcar do “bushismo” e dar sinal de que cumpre o que promete.
Para isso, apesar de os democratas terem andado de boca cheia a protestar contra os tribunais militares especiais, a Administração Obama terá de transferir os prisioneiros para solo americano e criar também tribunais de excepção para lidar com o problema.
Ora tanto a transferência dos terroristas como a criação de um sistema de tribunais ad hoc, gerarão controvérsia.
À direita, porque os republicanos nem querem ouvir falar de terroristas a pisar solo americano e à esquerda porque no fundo os tribunais ad hoc serão vistos como uma versão remasterizada dos tribunais militares criados por Bush, tão criticados por serem uma “farsa”.
Ou seja, Obama terá de reinventar a roda, procurando sobretudo acabar com o estímulo que faz salivar a esquerda tonta.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
-
Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
8 comentários:
Uma sugestão.
Transferir os presos de Guantánamo para o Campo Pequeno. Um bom exemplo de uma win/win situation. Teria o apoio da direita por razões óbvias de combate ao terrorismo e de ajuda aos EU, e da esquerda porque a esquerda iria finalmente realizar o seu sonho: meter alguém no Campo Pequeno...
Não propriamente quem eles queriam, mas nesta vida we can win them all!
I ‘m right or I’m right, Mister Diogo?
Diogo, meu caro, o que me faz impressão é que você, um anti-semita de 1ª extração, que passa a vida a negar o holocausto e a tecer teorias sobre o lobi judaico, não consiga passa sem o judeu Jon Stewart.
É do caraças, não é?
Por mim podem ficar lá para sempre. Mas acho que uma grande maldade seria mesmo empurrá-los ali para território cubano: é que em Guantanamo sempre têm assistência médica, comida, passeiaos ao ar livre e Cruz Vermelha.
Não é segredo para ninguém, e só os muito pacóvios ou decididamente estúpidos (velhacos)o não percebem - ou então são mais espertos do que julgamos e sabem-na toda - que a panóplia que vai do PS remanchado aos esquerdóides de fina apanha gostariam que, gentilmente, se pusesse a cabeça no cepo para poupar trabalho aos fiéis islamitas e demais gente afim.
O que os move não é o amor ao próximo e sim o ódio à democracia representativa.
Por isso peroram contra Guantanamo, como antes peroravam contra tudo o que lhes cheirasse a responsabilização dos terroristas muçulmanos ou não e a resistencia contra os despojos do Leste implodido.
Não lhes façamos a vontade.
Não embarquemos na retórica deles, ainda que venha envolta em especiosa pseudo-inteligência. Não dialogar com os "demónios", pois eles apenas visam arrastar-nos para uma conversa sem fim.
Para então nos morderem, sem esforço de maior, o pescocinho.
Jorge Gaillard Nogueira
São os mesmos que viram soldados russos (soviéticos) a serem esfolados, mas não se indignaram
São os mesmos que viram na servia decapitações de prisioneiros filmadas para propaganda e não se indignaram.
São os mesmos que nunca se aperceberam dos gulags.
São os mesmos que aceitaram os fuzilamentos enquanto se fumava um charuto centenas ou milhares de prisioneiros, tragicamente na mesma ilha.
Do alto da sua cegueira (ou do ensaio) vislubram sempre outras atrocidades.
OLP
Pensam que os islamitas lhes vão vingar a trepa que levaram no para-lá do Muro, sem que fosse preciso disparar um tiro.
Guantanamo, para eles, é o pretexto para ladrarem harmonisamente à lua.
Mano Manecas
"São os mesmos que viram soldados russos (soviéticos) a serem esfolados, mas não se indignaram": esta prática do bisturi, ou da faca rombuda, tinha especialistas no Komintern. Santiago Carrilo, um convertido a estas práticas cutâneas, é que pode explicar como era feito ali por Madrid.
"O grande problema, que se coloca ao Ocidente, não depende dos fundamentalistas, quaisquer eles sejam, mas do Islão em si" - Salman Rushdie.
Quem não quiser entender, será melhor mandar fazer já o testamento aos filhos.
Antes de que a evangelização, muito hábil nas mesquitas europeias onde a tolerancia é muito bem aproveitada, a exemplo do que preceituava Goering a outros protagonistas, dê os seus frutos dourados, seja cá ou no paraíso das huris.
Olho de Falcão
Enviar um comentário