Neste momento não se sabe quem irá ganhar. As sondagens apontam para Obama e, a não ser que haja um factor estranho que elas não incorporam, é isso que deverá acontecer.
Chavez já disse que queria "hablar com el negro".
Assim mesmo. O negro!
Se a sua intenção era criar empatia, não começa lá muito bem. O negro, que fez uma campanha a fugir ao acantonamento no voto étnico, provavelmente não achará muita piada ao arroto do Chavez.
Até porque quem não hesitou em berrar que lhe cheirava a enxofre, é muito bem capaz de garantir um destes dias que lhe cheira a catinga.
Andar de braço dado com Chavez, é como estar à mesa com um tipo que mastiga com a boca aberta. É preciso estômago para tal, e tirando os malucos do costume, o Sócrates e o Zapatero, não estou a ver mais ninguém com vontade de acamaradar com o doido.
De qualquer modo, todos os malucos da rua manifestaram a preferência por Obama, desde o Hamas ao Coronel, passando pelos aiatolas e pelos russos.
Se Obama for, como eu estou tentado a acreditar que é, um pragmático ambicioso, rapidamente irá largar o lastro da formatação esquerdista em que se foi endoutrinando. A facilidade com que se livrou do Reverendo, do Ayers, do Rezko e do Khalidi , e a versatilidade com que muda de posição à medida dos seus interesses, são indícios encorajadores.
E vamos também ver se os seus dotes executivos estão à altura dos de pregador da salvação.
Não gosto do homem, nunca gostei de demagogos, mas reconheço que a sua eventual eleição tem pelo menos uma grande vantagem: nos próximos tempos, os doidos deste mundo irão deixar de ter um bode à medida para justificarem as suas ineficiências e desgraças, e o anti-americansmo recolherá temporariamente aos subterrâneos psicóticos onde se gera.
Até à próxima curva, claro.
O Clinton que conte como foi.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
terça-feira, 4 de novembro de 2008
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
2 comentários:
"Chavez já disse que queria "hablar com el negro".
Assim mesmo. O negro!
Se a sua intenção era criar empatia, não começa lá muito bem".
Isto mesmo! Já agora gostaria de comentar este assunto consigo! Por diversas vezes, em conversas com amigos ou colegas, ao narrar um qualquer acontecimento onde esteja envolvida uma pessoa de raça negra, deparei como uma dificuldade: É que no grupo que me ouve está uma pessoa dessa raça... Então mergulho numa estúpida atrapalhação em busca de um qualquer eufemismo para não dizer logo um preto ou uma preta, negro ou negra... E se a pessoa percebe a minha atrapalhação? Não será pior a emenda de que o soneto?
Tenho um velho amigo que é preto. Nasceu em Moçambique,alcançou pelo seu mérito uma situação confortável na vida e ouvi-lo a contar anedotas sobre os pretos e a dizer, "aqui o preto", desarma qualquer um.
Por isso penso que tudo depende do contexto. Vivi e trabalhei em Africa e muitas vezes era designado como o "branco". Era uma descrição, a melhor descrição em certas circunstâncias.
Não era dito com intenção ofensiva.
Um camarada meu é chinês. Chamamos-lhe "Chinês" .
O problema da linguagem politicamente correcta, é que lança veneno sobre tudo e antecipa intenções racistas em tudo o que não esteja nos cânones.
Nos EUA chamam-lhe "afro-americanos". Se calhar só o Obama o é...é filho de um africano e de uma americana.
Os outros são tão afros como eu, se calhar ainda menos do que eu, que vivi em Africa.
De resto, em Africa não há só negros... de facto até há mais brancos, mas esses não são "afros"
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