Teste

teste

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Notícias Espantosas no FT

O Financial Times classificou Teixeira dos Santos como o pior ministro das Finanças da União Europeia.

Não admira. Em quatro anos ele não conseguiu acabar com o défice das contas públicas apesar do esbulho fiscal em crescendo a que os portugueses estão sujeitos. A redução do défice das contas públicas é a que resulta de nunca como antes termos pago tanto em impostos. Mas, ainda assim, o aumento dos impostos é insuficiente para cobrir o aumento da despesa pública.

Há ainda que não esquecer as manobras de desorçamentação como por exemplo a exclusão da EP (ex IEP, ex JAE) do défice público.

Com uma política financeira desta categoria não admira que estejamos tão ou mais pobres que antes e que continuemos a afastar-nos da média europeia (apesar da média europeia ser fraquita). E é assim porque a pouca riqueza que o país produz é sugada para sustentar um Estado cada vez mais gordo e gastador.

Mas se esta notícia não espanta, o que espanta na notícia do FT? Isto: Peer Steinbruck, esse pedaço de asno, foi considerado o segundo melhor ministro das finanças da UE. Ou o topo do ranking do FT está enganado, ou os ministros das finanças da UE são tão beruscas que se optou pelo menos mau.

13 comentários:

R disse...

«A redução do défice das contas públicas é a que resulta de nunca como antes termos pago tanto em impostos.»

E o seu "sábio" iluminado tem outra forma de reduzir o défice?


Se acha que com maior produtividade as coisas estabilizam, repare como somos aptos a "reformas" que (boas ou más) estabelecem produtividade... veja a "avaliação dos professores".

Este antro dito "liberal" que defende a abolição do funcionalismo público, não tem nada na cabeça. Abolir o Estado em Portugal? como? todos na segurança social?

O mal está feito para dez gerações.

A melhor forma foi na colheita do vintém. Aliás, o executivo devia de confiscar todo o dinheiro em imposto.. de tal forma que a classe média (a única que infelizmente trabalha a sério e estabelece uma sociedade civil) comece a sentir o peso nos ombros do sufuco estatal!

TAlvez as coisas mudem...

Paulo Porto disse...

"E o seu "sábio" iluminado tem outra forma de reduzir o défice?"

Os 'sábios iluminados', não sei.

Mas o comum dos mortais, desde que não seja socialista nem tenha lucros em curso com o Estado vai dizer-lhe que o défice se baixa gastando menos e melhor.

Sobretudo vai dizer-lhe que o défice não se baixa gastando mais e, para compensar, sacando ainda mais em impostos.

Não sei onde foi buscar a ideia que aqui se defende a abolição do Estado. O problema parece-me estar no lugar comum 'quem quer menos Estado não quer Estado nenhum'. Está enganado. Quem quer menos Estado quer um Estado melhor e gente mais livre para gastar o rendimento do seu trabalho em benefício próprio e não em benefício dos papões que vivem para o Estado e aa custa do Estado.

RioDoiro disse...

Vicissitudes:

"E o seu "sábio" iluminado tem outra forma de reduzir o défice?"

Quando você está com falta de massas, recorre a alguma árvore das patacas ou trabalha mais e gasta menos?

É o que o estado deve fazer. Trabalhar mais e gastar menos.

.

R disse...

«É o que o estado deve fazer. Trabalhar mais e gastar menos.»

Que converseta da treta. Isso é bom quando é escrita em livros que estão na estante da "Fnac".

Os amigos sonham com uma "américa" impossível de se concretizar ao paradigma Português.
Quando é que põem na cabeça que é impossível o Estado investir menos e melhor?
O que faria com milhões de mãos que nasceram para preencher o Estado?
O Estado dá migalhas e lugares para manter o funcionamento desta máquina social.

Portugal não sabe fazer outra coisa. É um facto.

Se desmamarem o patrocínio, lugar garantido, corrupção, funcionalismo, etc etc etc, o país cai na bancarrota ou entra nas mãos de uma certa esquerda totalitária.

A vossa conversa entre "mais" e "melhor" Estado é aplicada a países com condicionantes que afluem nessa direcção.

Se o Estado não esbanja não insufla, logo não rebenta.

Medir as coisas pela bitola liberal é apaziguar o menino com chupas. Não faria sentido o Estado ser mais consciente. Mais tarde ou mais cedo tem de haver benefícios para a classe "estatal", tem de ser tão grande quanto os tentáculos chegarem. A vida tem de se tornar num inferno tão grande e insuportável para o liberalismo entrar em cena.


A vossa conversa de menos despesa é o que dá alento a mitigar anos de "contenção", para findar na fase das migalhas. É cíclico. Nada muda, mesma retórica e tudo muda para nada mudar.
No fim, lá aparece o Estado com o bom papelão a salvar "liberalismos" pardos.

R disse...

AHH, esperem, há uma palavra;

RADICALISMO!

Unknown disse...

Vicissitude, você está a dizer que estamos geneticamente condenados ao estado paternalista, por uma espécie de atavismo.
Acho que está enganado. O que nos condena a este sistema que não é carne nem é peixe, são 48 anos de paternalismo salazarista,seguidos de 30 anos de paternalismo vagamente socialista.
O português é um tipico individualista se tiver de se desemerdar, mas um comodista do caraças se alguém promete dar-lhe a côdea ao fim do dia.
Por acaso eu acho que tem as características ideais para embarcar num projecto liberal, desde que se livre das instituições paternalistas que lhe apalpam o cu.

Tratar da sua vidinha ( a essência do liberalismo´) é algo que os portugueses sabem fazer, desde que sintam que não têm rede por baixo.

R disse...

«são 48 anos de paternalismo salazarista,seguidos de 30 anos de paternalismo vagamente socialista»

E experimente de um momento para o outro retirar o "füherprinzip" ou o papy da alçada dos Portugueses, verá como a sociedade cai na introversão, anarquia.

Ainda assim está errado. Não foram 48 anos de paternalismo. O regime que vigorou durante o Estado Novo não foi SÓ paternalista. Teve o seu "paternalismo" necessário! Aliás, a assertividade financeira do Dr. Salazar foi apagada pela seita "socialista" e democrática que abocanhou o aparelho político. Mas, como o "aparelho político" depende da clientela, toca de esbanjar meios e engordar o seu pequeno tesouro. A coisa é simples, o Estado actualmente existe para a sociedade não ir ao fundo. Uma vezes com contenção, outras esbanjadamente.

Afirmar que uma sociedade ligada intimamente ao centralismo Católico de um momento para o outro se torna "protestante", é afirmar tontices atrás de tontices e pensar em cima de tontices.

O liberalismo que advoga está ligado ao direitos sobre a propriedade, que por sinal NUNCA existiram em Portugal, pela simples razão de pertencerem ora à Igreja do Santo Ofício, ora a uma classe feudal que nunca teve problemas em conter vinténs amealhados pela colecta. Como nunca existiu uma Igreja que calibrasse o poder, o poder absorveu a dita "classe" média.
Toda a propriedade é do Estado, tudo é Estado. O problema em colocar algum "liberalismo" na sociedade é que o funcionamento dito; regular, depende da engorda estatal.

Ou ditadura que vergue os modelos e separe claramente as funções, institucionalizações, propriedades e direitos. Ou simplesmente NADA. É inócuo discutir um liberalismo estilo "Americano" ou responsabilização como os Estados Nórdicos.



E pelo amor de Deus, colocar culpas em "48 anos de Salazar" ???
Então e desde 1820?? não existiu História? Nossa senhora, quanta ignorância!

Acusar de paternalismo o regime que vigorou no Estado Novo é o mesmo que acusar os E.U.A de eugenia na formação da identidade Americana.

R disse...

E eu não disse que estamos "geneticamente" ditados até ao além.

Simplesmente abordar o "liberalismo" num contexto Português é fazer brincadeiras em tubos de ensaio ao estilo Soarista.

R disse...

Vê a razão pela qual desconfio sempre do vosso "liberalismo" ???

Acusar os 48 anos de "paternalismo" Salazarista como a razão pela qual os Portugueses são alérgicos a responsabilização individual, é uma coisa muito feia, principalmente vindo de um douto como o-lidador.


Vá estudar melhor a formação do "liberalismo" e das classes médias na idade média. Do feudalismo Inglês e do protestantismo.

Luís Oliveira disse...

"as classes médias na idade média"

Que cromo.

RioDoiro disse...

LO:

"Que cromo."

Temos que considerar uma 2ª edição do tal prémio especial.

.

R disse...

Luis Oliveira e Range-o-dente;

«Vá estudar melhor a formação do "liberalismo" e das classes médias na idade média.»


Acho que a coisa se encaixa no.. a FORMAÇÃO do "liberalismo" e das classes médias....


Ou as classes médias foram formadas depois o Marxismo ????

Não sei, vá ler numa enciclopédia a designação para o "povo" enquanto terceiro Estado durante o Iluminismo que tecia a matéria e fazia comércio nos burgos.


Quanto ao resto, estamos falados, dois atrasadinhos mentais.

NC disse...

http://blogoexisto.blogspot.com/2008/11/auto-flagela.html