Não admira. Em quatro anos ele não conseguiu acabar com o défice das contas públicas apesar do esbulho fiscal em crescendo a que os portugueses estão sujeitos. A redução do défice das contas públicas é a que resulta de nunca como antes termos pago tanto em impostos. Mas, ainda assim, o aumento dos impostos é insuficiente para cobrir o aumento da despesa pública.
Há ainda que não esquecer as manobras de desorçamentação como por exemplo a exclusão da EP (ex IEP, ex JAE) do défice público.
Com uma política financeira desta categoria não admira que estejamos tão ou mais pobres que antes e que continuemos a afastar-nos da média europeia (apesar da média europeia ser fraquita). E é assim porque a pouca riqueza que o país produz é sugada para sustentar um Estado cada vez mais gordo e gastador.
Mas se esta notícia não espanta, o que espanta na notícia do FT? Isto: Peer Steinbruck, esse pedaço de asno, foi considerado o segundo melhor ministro das finanças da UE. Ou o topo do ranking do FT está enganado, ou os ministros das finanças da UE são tão beruscas que se optou pelo menos mau.
Com uma política financeira desta categoria não admira que estejamos tão ou mais pobres que antes e que continuemos a afastar-nos da média europeia (apesar da média europeia ser fraquita). E é assim porque a pouca riqueza que o país produz é sugada para sustentar um Estado cada vez mais gordo e gastador.
Mas se esta notícia não espanta, o que espanta na notícia do FT? Isto: Peer Steinbruck, esse pedaço de asno, foi considerado o segundo melhor ministro das finanças da UE. Ou o topo do ranking do FT está enganado, ou os ministros das finanças da UE são tão beruscas que se optou pelo menos mau.
13 comentários:
«A redução do défice das contas públicas é a que resulta de nunca como antes termos pago tanto em impostos.»
E o seu "sábio" iluminado tem outra forma de reduzir o défice?
Se acha que com maior produtividade as coisas estabilizam, repare como somos aptos a "reformas" que (boas ou más) estabelecem produtividade... veja a "avaliação dos professores".
Este antro dito "liberal" que defende a abolição do funcionalismo público, não tem nada na cabeça. Abolir o Estado em Portugal? como? todos na segurança social?
O mal está feito para dez gerações.
A melhor forma foi na colheita do vintém. Aliás, o executivo devia de confiscar todo o dinheiro em imposto.. de tal forma que a classe média (a única que infelizmente trabalha a sério e estabelece uma sociedade civil) comece a sentir o peso nos ombros do sufuco estatal!
TAlvez as coisas mudem...
"E o seu "sábio" iluminado tem outra forma de reduzir o défice?"
Os 'sábios iluminados', não sei.
Mas o comum dos mortais, desde que não seja socialista nem tenha lucros em curso com o Estado vai dizer-lhe que o défice se baixa gastando menos e melhor.
Sobretudo vai dizer-lhe que o défice não se baixa gastando mais e, para compensar, sacando ainda mais em impostos.
Não sei onde foi buscar a ideia que aqui se defende a abolição do Estado. O problema parece-me estar no lugar comum 'quem quer menos Estado não quer Estado nenhum'. Está enganado. Quem quer menos Estado quer um Estado melhor e gente mais livre para gastar o rendimento do seu trabalho em benefício próprio e não em benefício dos papões que vivem para o Estado e aa custa do Estado.
Vicissitudes:
"E o seu "sábio" iluminado tem outra forma de reduzir o défice?"
Quando você está com falta de massas, recorre a alguma árvore das patacas ou trabalha mais e gasta menos?
É o que o estado deve fazer. Trabalhar mais e gastar menos.
.
«É o que o estado deve fazer. Trabalhar mais e gastar menos.»
Que converseta da treta. Isso é bom quando é escrita em livros que estão na estante da "Fnac".
Os amigos sonham com uma "américa" impossível de se concretizar ao paradigma Português.
Quando é que põem na cabeça que é impossível o Estado investir menos e melhor?
O que faria com milhões de mãos que nasceram para preencher o Estado?
O Estado dá migalhas e lugares para manter o funcionamento desta máquina social.
Portugal não sabe fazer outra coisa. É um facto.
Se desmamarem o patrocínio, lugar garantido, corrupção, funcionalismo, etc etc etc, o país cai na bancarrota ou entra nas mãos de uma certa esquerda totalitária.
A vossa conversa entre "mais" e "melhor" Estado é aplicada a países com condicionantes que afluem nessa direcção.
Se o Estado não esbanja não insufla, logo não rebenta.
Medir as coisas pela bitola liberal é apaziguar o menino com chupas. Não faria sentido o Estado ser mais consciente. Mais tarde ou mais cedo tem de haver benefícios para a classe "estatal", tem de ser tão grande quanto os tentáculos chegarem. A vida tem de se tornar num inferno tão grande e insuportável para o liberalismo entrar em cena.
A vossa conversa de menos despesa é o que dá alento a mitigar anos de "contenção", para findar na fase das migalhas. É cíclico. Nada muda, mesma retórica e tudo muda para nada mudar.
No fim, lá aparece o Estado com o bom papelão a salvar "liberalismos" pardos.
AHH, esperem, há uma palavra;
RADICALISMO!
Vicissitude, você está a dizer que estamos geneticamente condenados ao estado paternalista, por uma espécie de atavismo.
Acho que está enganado. O que nos condena a este sistema que não é carne nem é peixe, são 48 anos de paternalismo salazarista,seguidos de 30 anos de paternalismo vagamente socialista.
O português é um tipico individualista se tiver de se desemerdar, mas um comodista do caraças se alguém promete dar-lhe a côdea ao fim do dia.
Por acaso eu acho que tem as características ideais para embarcar num projecto liberal, desde que se livre das instituições paternalistas que lhe apalpam o cu.
Tratar da sua vidinha ( a essência do liberalismo´) é algo que os portugueses sabem fazer, desde que sintam que não têm rede por baixo.
«são 48 anos de paternalismo salazarista,seguidos de 30 anos de paternalismo vagamente socialista»
E experimente de um momento para o outro retirar o "füherprinzip" ou o papy da alçada dos Portugueses, verá como a sociedade cai na introversão, anarquia.
Ainda assim está errado. Não foram 48 anos de paternalismo. O regime que vigorou durante o Estado Novo não foi SÓ paternalista. Teve o seu "paternalismo" necessário! Aliás, a assertividade financeira do Dr. Salazar foi apagada pela seita "socialista" e democrática que abocanhou o aparelho político. Mas, como o "aparelho político" depende da clientela, toca de esbanjar meios e engordar o seu pequeno tesouro. A coisa é simples, o Estado actualmente existe para a sociedade não ir ao fundo. Uma vezes com contenção, outras esbanjadamente.
Afirmar que uma sociedade ligada intimamente ao centralismo Católico de um momento para o outro se torna "protestante", é afirmar tontices atrás de tontices e pensar em cima de tontices.
O liberalismo que advoga está ligado ao direitos sobre a propriedade, que por sinal NUNCA existiram em Portugal, pela simples razão de pertencerem ora à Igreja do Santo Ofício, ora a uma classe feudal que nunca teve problemas em conter vinténs amealhados pela colecta. Como nunca existiu uma Igreja que calibrasse o poder, o poder absorveu a dita "classe" média.
Toda a propriedade é do Estado, tudo é Estado. O problema em colocar algum "liberalismo" na sociedade é que o funcionamento dito; regular, depende da engorda estatal.
Ou ditadura que vergue os modelos e separe claramente as funções, institucionalizações, propriedades e direitos. Ou simplesmente NADA. É inócuo discutir um liberalismo estilo "Americano" ou responsabilização como os Estados Nórdicos.
E pelo amor de Deus, colocar culpas em "48 anos de Salazar" ???
Então e desde 1820?? não existiu História? Nossa senhora, quanta ignorância!
Acusar de paternalismo o regime que vigorou no Estado Novo é o mesmo que acusar os E.U.A de eugenia na formação da identidade Americana.
E eu não disse que estamos "geneticamente" ditados até ao além.
Simplesmente abordar o "liberalismo" num contexto Português é fazer brincadeiras em tubos de ensaio ao estilo Soarista.
Vê a razão pela qual desconfio sempre do vosso "liberalismo" ???
Acusar os 48 anos de "paternalismo" Salazarista como a razão pela qual os Portugueses são alérgicos a responsabilização individual, é uma coisa muito feia, principalmente vindo de um douto como o-lidador.
Vá estudar melhor a formação do "liberalismo" e das classes médias na idade média. Do feudalismo Inglês e do protestantismo.
"as classes médias na idade média"
Que cromo.
LO:
"Que cromo."
Temos que considerar uma 2ª edição do tal prémio especial.
.
Luis Oliveira e Range-o-dente;
«Vá estudar melhor a formação do "liberalismo" e das classes médias na idade média.»
Acho que a coisa se encaixa no.. a FORMAÇÃO do "liberalismo" e das classes médias....
Ou as classes médias foram formadas depois o Marxismo ????
Não sei, vá ler numa enciclopédia a designação para o "povo" enquanto terceiro Estado durante o Iluminismo que tecia a matéria e fazia comércio nos burgos.
Quanto ao resto, estamos falados, dois atrasadinhos mentais.
http://blogoexisto.blogspot.com/2008/11/auto-flagela.html
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