It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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sábado, 29 de novembro de 2008
Combatamos as petrolíferas até ao útimo tostão
Mais um batatal de moinhos de vento foi plantado algures. Gastaram-se 360 milhões de euro para instalar 240MW de geração. O nosso Magalhânico e pós-modernista primeiro ministro rejubila.
Segundo as parangonas da ordem, teremos mais 240MW em geração de energia eléctrica. Excelente.
Excelente? Se calhar não.
Gastaram-se 360 milhões de euros para instalar 240MW em geradores, isso é verdade. Mas vão esses geradores gerar 240MW? Não. Não vão.
Em boa verdade provavelmente nunca conseguirão gerar essa quantia, muito embora tenha pouca relevância se chegarão, ou não, ao valor limite. O problema é que, média geral, não ultrapassarão o 80MW. Porquê? Porque, média geral, e sendo optimista, por falta de vento não gerarão mais que 1/3 da sua capacidade.
“Mas então, a gente vê os gajos todos a andar à volta” respondem alguns. Pois andam à volta. Mas geram apenas uma fracção da capacidade máxima.
“Mas nós nunca os vemos andar mais depressa. Pelo menos, de vez em quando, alguns deles devem gerar a capacidade total e, se assim fosse, deveriam rodar mais depressa”. Azar. Rodam sempre à mesma velocidade e a essa mesma velocidade podem gerar 1 ou 100% da capacidade. Depende da força do vento. Se o vento apertar, tenderá a acelerar as hélices mas o gerador é excitado para gerar mais energia e as hélices são, por essa razão, travadas, mantendo a velocidade anterior.
“Então, quer dizer que teremos que pagar 360 milhões de euro por 80MW?” Não. Teremos que pagar mais.
De facto as eólicas, média geral, geram 1/3 da potência instalada. Mas, frequentemente geram apenas 5%, obrigando a instalar meios alternativos de geração de energia eléctrica. Além do facto gerarem apenas 1/3 do anunciado, implicam outros investimentos nunca anunciados ou contabilizados.
Em boa verdade, as eólicas poupam combustível mas, por um lado o seu custo é superior ao custo do combustível que os meios habituais gastariam, por outro não poupam o investimento noutros meios de geração. Feitas as contas, ... vamos pagar as eólicas com língua de palmo.
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8 comentários:
EU gostava de saber: quais são as suas fontes para chegar aos valores que estão mencionados no seu artigo?
Quais valores em particular?
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Aqui, alguns dados.
http://ecotretas.blogspot.com/search?q=ren
Há, entretanto, links partidos. Parece que a REN resolveu deixar de mostrar o desempenho das eólicas.
Aqui há mais:
http://range-o-dente.blogspot.com/search?q=ren
http://caldeiradadeneutroes.blogspot.com/2007/08/os-novos-ventos.html
Se apurar algo mais direi.
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Sobre a eólica leiam isto:
http://www.energytribune.com/articles.cfm?aid=1029
Se as eólicas fossem competitivas não precisavam de subsídios, o resto é conversa de ambientalista da treta.
Obrigado!
Irei ler e depois comentarei.
Algumas duvidas:
- Quanto é que é o periodo de vida deste investimento?
- Qual o custo de produção de 1 MW em eolica? e em nuclear? e em hidrica? e por combustiveis fósseis?
- É contra qualquer tipo de investimento em eolicas? ou só contra a publicidade que tem sido feita?
Mais uma vez obrigado pelos links.
Stran:
"- Quanto é que é o periodo de vida deste investimento?"
Não é fácil saber. Anuncia-se à volta de 30 anos. Mas nunca nenhuma trabalhou por esse tempo. Há ainda o problema de se saber se uma ventania mesmo forte as não derruba.
Também as barragens têm duração, suponho que à volta de 100 anos. Todas as fontes têm duração.
- Qual o custo de produção de 1 MW em eolica? e em nuclear? e em hidrica? e por combustiveis fósseis?
Encontrei este. Não sei onde guardei outros links.
http://www.raeng.org.uk/news/publications/list/reports/Cost_Generation_Commentary.pdf
Não se esqueça que a eólica depende da quantidade de vento. Há menos vento, o custo de exploração sobe. O vento é altamente imprevisível. Todas as não "verdes" são previsíveis.
- É contra qualquer tipo de investimento em eolicas? ou só contra a publicidade que tem sido feita?
Qualquer tipo de investimento, não. deve investir-se em pesquisa.
Já agora, o maior problema das centrais a carvão não é o CO2, mas a radiação que liberta, muito mais que o nuclear (sem acidentes do tipo KABUUUM). Veja se descobre porquê.
Mais uma vez obrigado pelos links.
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