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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ainda a Escola

Com a guerra aberta entre professores e ministério da educação, muito se discute sobre o que vai mal na escola.
Os professores querem ser avaliados ou dizem que querem mas não querem?
As provas nacionais são cada vez mais fáceis para camuflar o menor nível dos alunos?
Quantos alunos vão à escola só porque lhes parece ser aquele o melhor lugar para espairecer as hormonas?
E afinal, porque está tudo pior se se gasta cada vez mais com a educação?


Talvez o assunto não tenha solução porque se está a tentar calcular a área do círculo usando o teorema de Pitágoras.


Mas, e se o paradigma mudasse?

Suponha-se que:
- a partir dos 14 anos só seria permitida a frequência da escola a quem demonstrasse interesse por fazê-lo (é razoável supor que 1/3 da população escolar deixaria assim de sobrecarregar os contribuintes e iria aplicar as suas habilidades noutros lugares e circunstâncias sem prejudicar a própria escola);

- o Governo passaria a pagar às entidades escolares (públicas ou privadas) o valor do custo dos alunos cujos encarregados de educação não tivessem (e na medida em que não tivessem) condições financeiras para suportar o encargo.

- os pais seriam livres de escolher a escola dos filhos, pública ou privada; tal escolha ficaria dependente de critérios de seleção das escolas;

- as escolas seriam livres de selecionar os professores, pelo que naturalmente escolheriam os melhores e rejeitariam os que dão aulas sem competência profissional para o fazer.

-as escolas inviáveis por os pais não querem lá os filhos seriam fechadas.


Quais as consequências de uma solução deste tipo? Parece que duas:

1.Responsabilização; responsabilização tanto de alunos, como de pais, professores, gestores das escolas. Todos entenderiam rapidamente que na vida tudo tem consequências e que a escola não é excepção à regra. Desde uma patada num colega, passando pela baixa médica três vezes por ano porque “não sei bem o que tenho, mas sei que preciso outra vez ficar de ‘baixa’ umas semanitas”, até à escola que tem 20 administrativos para gerir 100 alunos.

2.Diminuição da despesa pública (e consequente abaixamento de impostos se o governo não for socialista, claro). Seria interessante poder comparar o custo médio de um aluno no setor privado e no setor público. Aqui só deixo a ‘sensação’ que a despesa total do Ministério de Educação por aluno das escolas públicas é maior que a despesa por aluno de uma escola particular.


Tudo isto resultaria numa mudança radical de atitude de todos. A escola passaria a ser frequentada apenas por quem quer mesmo ir lá para aprender e por professores realmente capacitados para desempenhar com qualidade. Rapidamente se sentiriam os efeitos tanto no aproveitamento dos alunos como na eficiência do dinheiro gasto na educação.


Quem se atreveria a defender isto em eleições? Não se vislumbra ninguém. Portugal precisa de uma Margaret que diga tudo o que tem de ser dito e não tenha medo de perder eleições por isso.

1 comentário:

Lura do Grilo disse...

Népia! Os putos enquanto não nascem estão na barriga do "aqui mando eu" e ali ninguém vai mandar. Logo que nascem são do Estado e deixamos de mandar! Não podemos aplicar uma nalgada.
Depois quem apanha são os Profs e os auxiliares de acção educativa (vulgo contínuos).