Teste

teste

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Das certezas

A ver se me explico. Estamos - nao muito - distantes da melancolia existencial de Beckett e da desolaçao oitocentista. Convem cavar mais fundo, o nosso personagem, inabil penitente, hesita entre a angustia e a auto-culpa, a incomunicaçao e o medo. Os demonios sao eloquentes. Como Malone - condenado à vida - sabe que é imperioso continuar e como Mishima que nao há retorno e o fim chegou. A vida é uma contradiçao e toda existencia humana patetica. A puniçao está na vil consciencia e a melancolia aqui é insulto - porque luxo de poucos. É algo mais subterraneo, um desespero a lume brando que calcina por dentro e desverbaliza (desumaniza) por fora. Como as personagens de Primo Levi, um punhado de aleijoes desfigurados na carne e na alma pela vida e pela morte. A literatura nao salva apenas adia o dia do juizo final. É isto. É isto.

12 comentários:

R disse...

Beckett é absurdismo. Não é existencialismo.

Existencialismo advém de Camus, sem monólogos. Romances por assim dizer.

Absurdismo é totalmente diferente.

Mishima é literatura gay. Tente deixar isso.

David Lourenço Mestre disse...

nunca fui muito bom com conceitos - melhor nunca fui bom em nada

voce nao é tao mau como se pinta - apesar da valente sova que levou. devia manter se fiel a pelo menos um blog, em vez de apaga-lo e partir para outra

David Lourenço Mestre disse...

outro blog bem entendido

Anónimo disse...

O que é que o teatro do absurdo, designação técnica que arrasta uma concepção muito diferente e que vem de Adamov até Ionesco deixando ressaibos em Ghelderode, terá a ver com absurdismo(sic)? E Camus sem monólogos?
Absurdismo é o que deve ir na cabeça deste comentador.
E Mishima literatura gay?
Quem será este imbecil?

MANUEL ANDRADE NETO (Tradutor de Camus e Beckett)

R disse...

Tenho um fã ou quê?

Manuel, vá tomar na peidola, ou vá ver pornografia.


Vá ler e analise o existencialismo, que em tudo atrai o suicídio, ajudado do niilismo.

Beckett está a leste de tudo isso. Beckett é joyciano. Monólogos. Nunca abordou o suicídio. É massivo no absurdo.

Ao contrário de Camus e toda a torrente "moderna" existencialista. Escrevem romances. Nunca monólogos.

Molloy; monólogo. Mallone; monólogo. Murphy; monólogo. Watts; monólogo. Godot; monólogo.


Camus só tem um monólogo; la chute.



E sim seu tonto, mishima era homossexual e escrevia sobre sentimentos paralelos a isso. É considerada literatura de homossexuais. A par de Musil, thommas mann etc etc etc etc.



David... foi só um ligeiro reparo.

Anónimo disse...

Cara, não suje com tua boca de bueiro os nomes de Mann, Musil ou Joyce.
Por tua conversa de camundongo te noto viado na certa. Viado maluco.
E se tu fôsse homem mesmo tinha tento, não esvurmava como dona da zona. Caietés, tu percebe, larila de praia?
Tua conversa, cevado, é de luzido da cuca.
Êta bestinha ruim, pé de ti Mishima era baiana de saia rodada.
Você deve usar cueca de abertura atrás. Intelectual de punheta mirim. Como há besta assim em Portugal? Desconto, panilas de enxergão. E reco capado, topou?
Teu país é bem diferente, mosquinha de pinico.

M.ANDRADE NETO

Pedro disse...

Nada como um bom debate filosófico e literário.

Anónimo disse...

Este indivíduo Mancha Negra é mesmo um caso de consultório.
Claramente um panasca recalcado, possivelmente com imensos complexos de culpa e não me admiro que tenha sido abusado na infancia.
Depois de uma análise retro-convulsiva já vi tipos como ele, pobres histéricos secundários, urinarem e defecarem no chão, babando-se todos. Um espectáculo doloroso e perturbador.
Ao acordarem do transe induzido voltavam ao seu estilo hirto, não se lembrando de nada, ficando como crianças em falta quando lhes eram mostrados os vestígios da sessão.
Aconselho este homem a ter cuidado com a sua saúde e digo-o sinceramente. Noto-lhe sinais evidentes de maníaco-depressivo, embora ainda sí no perímetro histérico, lembram-se daquele acúmulo de letras a simular risadas com que respondeu a uma moça?
Não estarei longe da verdade se disser que, caso não tome cuidado, é provável que numa fase de down acabe no suicídio.
Isso é mais frequente do que se pensa.

LOPO DE AZEVEDO

Carmo da Rosa disse...

David,

FAN-TÁS-TI-CO….. Desta vez já consegui perceber mais alguma coisa, a primeira frase: ”A ver se me explico.”

Mas para a totalidade do texto creio que ainda vou precisar de umas explicações… Mas fica para mais tarde, quando estes literatos de pacotilha, sem qualquer respeito pelo decorum, nem pelo seu texto, acabarem de se insultarem como holigans…

Exemplos:

O tradutor de Camus e Beckett a quem lhe coloco um espelho: ‘quem será este imbecil?’

E vejo que o cara de caralho insiste ‘não suje com tua boca de bueiro os nomes de Mann, Musil ou Joyce.’

Só a tiro...

Pedro disse...: ”Nada como um bom debate filosófico e literário.:”

Um tipo inteligente, porque percebeu o que eu quero dizer e, porque respondeu de forma diplomática - ao contrário da minha pessoa, mas eu tenho desconto porque sou do Porto! – respeitando o decorum.

@ Lopo de Azevedo: ” Claramente um panasca recalcado, (…)

Outro holigan! mais um espelho para a mesa deste senhor que é inevitavelmente um panasca recalcado.

R disse...

Carmo da Rosa.

Aqui o colega, ficou espantado. Andou a ler Mishima e nunca se apercebeu que se tratava de sentimentos em relação a sexos iguais.

O livro "confissões de uma máscara" (Da Assírio e Alvim), é em pleno o sentimento em relação a outro homem. Mishima força o sentimento sobre as mulheres, mas pende sempre para os homens.
Só um burro se espanta com o facto de Mishima escrever (e viveu) para homens.

Musil idem. David Lourenço, leia o "As perturbações do pupilo Törless", saíram cá dois livros recentes do Musil. O Homem sem qualidades e este, que aborda os sentimentos de um pequeno rapaz em relação a outros homens. O espantoso do livro é que embora sinta isso, chega à conclusão que não é isso que quer. Talvez esse livro seja mais clarificador do ponto de vista filosófico, já que a escrita é outra.
Mishima pegou-se a sentimentos, angústias. Juntou tudo e despejou.
Musil é mais racional e matemático, o seu pragmatismo leva-o a decretar à praça pública a sua confissão. Vale a pena ler.

Se tiver tempo, é claro, leia o Homem sem qualidades.. se conseguir..




Só um pequeno reparo David, que das últimas vezes que falámos, não andava no mundo da literatura. Vejo que anda a devorar livros, e bons por sinal.
Só deixo o alerta para o tal "existencialismo". Beckett não tem nenhuma relação com o Estado. Não o tome como existencialista.

Boa leitura e passe os olhos no "molloy" ou "o inominável" já que os encontrará à venda.

Pedro disse...

"Porque olhas para o argueiro no olho do teu irmão e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? Ou, como te atreves a dizer ao irmão:"Deixa-me tirar o argueiro do teu olho?". quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão"

Mateus 7, 3-5

A Sabedoria é eterna.

Anónimo disse...

Era meu hábito visitar este blog entre outros.
De há uns tempos verifico que um senhor Mancha Negra insulta sistematicamente os que o contrariam. E se alguém reaje na mesma moeda, cai o carmo e a trindade.
Não gosto de varredores de serviço.
Por isso, adeus.

Maude & Jorge