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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Observadores imparciais

Quem ontem fizesse zapping pela Al Jazzeera, teria visto numerosas vezes ao longo do dia um médico norueguês em serviço num hospital de Gaza, a declarar a sua "imparcial" indignação pelo "massacre" que os israelitas estavam a levar a cabo.
As imagens que a televisão árabe mostra são sempre cruas e quase pornográficas, num apelo ao mais primário voyeurismo, mas não são imagens quaisquer. A Al Jazeera só apresenta imagens de crianças e mulheres. A reportagem típica consiste numa ambulância a chegar em grande velocidade, gente aflita e várias pessoas a correrem para o veículo, de onde sai, ensanguentada, uma criança.
Nunca se vê um homem a sair de tais ambulâncias e as imagens dos hospitais apenas mostram camas com crianças e mulheres. Onde estão a ser tratadas os milhares de feridos do Hamas, não consta em tais reportagens. É como se não existissem.

A intenção é claramente propagandística e visa utilizar o sofrimento das pessoas como instrumento de guerra psicológica, fornecendo matéria prima aos complexos de culpa e à raiva dos tolos que por esse mundo fora, se manifestam pela "causa palestiniana".
Trata-se de um jogo perverso porque a morte dos civis próprios passa a ser um objectivo desejável pela parte conflituante que justamente alega estar a lutar por eles, e há já numerosos casos documentados, nomeadamente no mundo islâmico, do deliberado morticínio de populações tendo em vista culpar o inimigo e alcançar objectivos estratégicos mediáticos.
O caso da granada que explodiu no mercado de Sarajevo e que precipitou a intervenção da NATO, foi paradigmático, uma vez que aquela granada, tendo caído onde caíu, só por extraordinária bizarria balística poderia ter sido disparada das linhas sérvias.

Em Gaza, o Hamas está, assumida e documentadamente a usar a morte de civis para alcançar objectivos estratégicos e estas imagens, em que um drone israelita filma terroristas a disparar morteiros do pátio de uma escola, provam-no à saciedade.
Disparar do pátio de uma escola e fugir logo a seguir, tem como única finalidade atrair o fogo de resposta sobre a escola, de modo a que morram crianças e possa a haver imagens da brutalidade sionista.

E o médico norueguês?
Era o Dr Mads Gilbert e ao passar as suas declarações a Al Jazeera pretende evidentemente transmitir a ideia de que se trata de uma personalidade neutral, uma pessoa boa, um missionário do bem que está ali desinteressadamente a ajudar os que sofrem, e que não toma partido.
Acontece que não é verdade. O Dr Gilbert é um comunista fanático, activista da "causa palestiniana" há várias décadas e que, a propósito do massacre do 9/11 em Nova York, em vez de correr a oferecer os seus préstimos de bom samaritano, apressou-se a declarar que "os oprimidos tinham o direito moral de lançar o ataque".

11 comentários:

Anónimo disse...

Eis uma constatação que nos entra pela mesa de jantar todos os dias: realmente parece que em Gaza não há homens feridos...
Quanto ao tal "nórdico" pacifista, parece que nos países bálticos também não existem homens normais (já os gajos dos ABBA passavam essa imagem).
Mas se o "nórdico" é comunista, isso, só por si, não quer dizer que seja má pessoa ...completamente.
Acho no entanto curioso o facto de eu também conhecer um gajo que é comunista e até dizem que é um bom profissional ("comando", general, poliglota, etc. e tal) mas Homem é que duvido que ele seja...

Unknown disse...

Ó lencinho, que gajo é esse?
É que se é isso tudo que você diz, ("comando", general, poliglota, etc. e tal)eu conheço-o com toda a certeza.

Já agora, pode-se ser comunista e inteligente, mas nesse caso é-se cínico porque quem conhece a doutrina,os dolorosos resultados que produziu e é capaz de estabelecer relações simples de causa e efeito, não pode deixar de, racionalmente, abjurar tal doutrina.
Se o não faz, ou é cínico, ou é burro.

Anónimo disse...

...em verdade lhe digo, o sujeito é cínico, a pender para o ...tenebroso.
Vocemecê CONHECE-o?
Com toda a certeza! Espero é que não seja seu amigo.
E que tal somar um mais um, e evitar a Calçada das Necessidades?

Unknown disse...

Lencinho, conheço-o DE CERTEZA, se é general e comando.

Não há muitos...a começar pelo actual Chefe de Estado Maior do Exército.
Diga-me só as iniciais ( 1º nome e apelido), que isso basta-me.

Carmo da Rosa disse...

” A Al Jazeera só apresenta imagens de crianças e mulheres.”

Dá a impressão, certamente errada, que apenas as mulheres e as crianças enfrentam os tanques israelitas, enquanto os guerrilheiros do Hamas passam o tempo à volta de uma ‘chicha’ e só aparecem quando há feridos, para os exibir à frente das câmaras de TV, atirá-los para dentro de ambulâncias e gritar várias vezes Allah u Akbar…

Anónimo disse...

Na guerra, a verdade é a primeira vítima.

Anónimo disse...

Ao anónimo das 14,54, endosso este detalhe sem acinte mas com determinação cordial: nas guerras sujas, sim - a que as Al-Jazeeras e outras emissoras, nomeadamente nacionais, sem arriscarem um pelo atiram sobre os israelitas, sobre os judeus (assim é que é, pois é de sanha anti-judaica que se trata).
Dizer dessa maneira generalista é, com o devido respeito, uma forma, que creio não-propositada, de nivelar pela mesma bitola os agredidos e a resposta que lhes é direito.
É de algum modo "compreender" o cinismo dessas emissoras.
Não comamos desse pão.

No que diz respeito ao médico testemunha-falsa, já tinha sido notado noutras alturas pelo seu estilo troca-tintas.
Estalinista imperial, lhe chamaria eu...

ARREBIMBA

Azrael disse...

Felizmente alguns palestinianos sabem bem quem é responsável pelo seu sofrimento: http://www.nydailynews.com/opinions/2009/01/06/2009-01-06_from_her_lips_to_gods_ear_the_fury_of_a_.html

Anónimo disse...

Meu caro Lidador,

Mas essas imagens são ou não verdadeiras?

Anónimo disse...

"Pensemos um pouco: qual é a ÚNICA peça publicitária do Hamas? Seu direito de jogar foguetes em Israel? Não! Sua única peça publicitária são os corpos das crianças, estrategicamente plantadas para morrer —porque a morte, para esses celerados, é parte do jogo político. O “martírio”, como querem, é libertador. Cada infante morto vale como um esforço para a glória do que entendem ser a vontade de Alá. E NOTEM: SE AS FOTOS FOREM REPRESENTATIVAS DO CONJUNTO, MORREM MUITO MAIS MENINAS. POR ALGUMA RAZÃO, OS GAROTOS PARECEM ESTAR MAIS PROTEGIDOS. A CARNE DAS GAROTAS É AINDA MAIS BARATA. Acho impressionante que não se tenha investigado ainda esse estranho fenômeno. O que se passa?
- as meninas sugerem maior fragilidade diante do monstro israelense que se tenta criar?;
- os meninos são guardados para servir de soldados da causa?;
- tudo não passa só de coincidência?" (Reinaldo Azevedo)

Carmo da Rosa disse...

OS GAROTOS PARECEM ESTAR MAIS PROTEGIDOS. A CARNE DAS GAROTAS É AINDA MAIS BARATA.

Não me espantava nada!