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sábado, 10 de janeiro de 2009

Argumento estúpido e cínico

Ehud Gol, [novo embaixador de Israel] que assumiu funções em Lisboa esta semana, disse à agência Lusa não compreender os que utilizam "esse argumento estúpido" de um uso desproporcionado da força por parte de Israel na ofensiva militar à faixa de Gaza lançada a 27 de Dezembro e que, de acordo com fontes palestinianas, já causou a morte a mais de 700 pessoas no território.

"O que é que é desproporcionado? Se morressem 600 judeus seria proporcional? Não compreendo os que utilizam esse argumento estúpido. É um argumento cínico", declarou o diplomata em entrevista à Lusa.

"Quando o (movimento islamita palestiniano que controla a faixa de Gaza) Hamas pede pela libertação de (soldado israelita capturado em 2006 por grupos armados palestinianos) Gilad Shalid mil pessoas isto é proporcional? Onde é que estão todos esses que nos criticam por sermos desproporcionados?", questionou o embaixador israelita.

Ehud Gol referiu que "nos últimos oito anos foram disparados 8.000 'rockets' Kassam e Katiushas (sobre Israel)", para questionar ainda: "o que seria proporcional? Que bombardeássemos 8.000 vezes Gaza?"

O diplomata assinalou que Israel não iniciou o ataque e declarou que "o elemento desproporcionado" é o movimento islamita pôr "os terroristas (...) entre a população civil (da faixa de Gaza)".

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"Vencer o Hamas não é só do interesse de Israel. Claro que é nosso interesse directo porque somos alvo das suas actividades terroristas, mas não tem ideia de quantos palestinianos no Estado palestiniano desejam o dia em que o Hamas desapareça, especialmente os palestinianos que vivem em Gaza e que estão sujeitos ao terror e violência do Hamas em Gaza", salientou Ehud Gol.
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1 comentário:

Anónimo disse...

O New York Times de hoje traz artigo em que o autor procura demonstar como Israel é malvado e como o Hamas é bem intencionado.
Gostei particularsmente do trecho abaixo:

"10/01/2009 - 00h17
O que você não sabe sobre Gaza
Rashid Khalidi*
Quase tudo o que levaram você a acreditar sobre Gaza está errado. Abaixo estão alguns poucos pontos essenciais que parecem estar ausentes da conversa, grande parte da qual transcorrendo na imprensa, sobre o ataque de Israel à faixa de Gaza.
(...)
O cessar-fogo
A suspensão do bloqueio, juntamente com um cessar dos disparos de foguetes, foi um dos termos-chave do cessar-fogo de junho entre Israel e o Hamas. Este acordo levou à redução dos foguetes disparados de Gaza, de centenas em maio e junho para um total de menos de 20 nos quatro meses subsequentes (segundo números do governo israelense). O cessar-fogo foi rompido quando as forças israelenses lançaram um grande ataque aéreo e por terra no início de novembro; seis membros do Hamas teriam sido mortos."

Não é encantador? Para o articulista o lançamento de 19 foguetes ("menos de 20")pelo Hamas contra Israel equivale a cessar-fogo!
Portanto, quando Israel revidou ao lançamento dos foguetes com "um grande ataque aéreo", estava rompendo o cessar-fogo!

Dá para argumentar com gente dessa espécie?