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sábado, 3 de janeiro de 2009

Chumbo Endurecido I


Ideias a reter sobre a Operação Chumbo Endurecido:


a) Os estúpidos viram-se, subitamente, sozinhos nas críticas a esta operação Israelita, pelo menos até ao dia de hoje: Estados Unidos da América, Egipto, OLP, Reino Unido, Alemanha, Austrália, Canadá e República Checa, pelo menos, aprovaram a Operação e atribuiram as culpas ao Hamas;

b) Os meios de comunicação Portugueses têm feito uma cobertura ao conflito bastante razoável, para variar um bocado. No Público e na SIC temos tido bons textos e boas reportagens sobre o conflito;

c) A maioria dos analistas internacionais afectos à "causa Palestiniana", têm realçado que as culpas não são unicamente Israelitas. Muitos não falam de acto "irreflectido" nem de acto "cobarde" mas sim de acto "desproporcionado". Menos mal;

d) O Hamas tem o seu arsenal reduzido como nunca antes e, por conseguinte, a sua capacidade de responder a Israel encontra-se reduzida. O Irão e a Síria, no entanto, já afirmaram que tentarão recolocar a capacidade do Hamas de lutar contra Israel;

e) Já morreram importantes membros do Hamas e muitas infra-estruturas do movimento já foram destruídas;

f) O conflito mudou completamente hoje: a invasão por terra será, muito provavelmente, criticada a torto e a direito pela comunidade internacional. Eu preferia que Israel não se metesse nestes trabalhos que leverão à morte de soldados Israelitas, a críticas até dizer chega dos mais variados países e aos mais variados encargos;

g) A operação terrestre foi aprovada apenas ontem. Tal como disse no artigo anterior, esta decisão de levar as coisas para o terreno deve ter sido tudo menos fácil: a indecisão esteve presente até ao fim;

h) Existe o medo de abertura de hostilidades com o Hezbollah e de revoltas na Cisjordânia. Israel tem que tar atento às suas costas;

i) Não se sabe ao certo qual a capacidade do Hamas de responder á iniciativa Israelita nem o tempo que os Israelitas vão demorar em Gaza. Os papagaios dizem que têm 15000 homens à espera dos Sionistas. Eles jogam em casa, conhecem os cantos à casa; Israel está bem preparado, tem melhor armamento e conta com o apoio da marinha e da aviação;

j) É melhor estarmos prepararados para mais e maiores manifestações; é melhor estarmos prepararados para mais besteiras nos sítios do costume.

Irei continuar, dentro das possibilidades, a dar cobertura ao conflito. As análises ficam para quando este acabar: já me dei mal quando tive que apagar boa parte de um artigo porque o Barak decidiu entrar por Gaza adentro. Analisar as consequências que o conflito terá em Israel e para as negociações de paz, o que pode vir a acontecer ainda e o que é que o conflito representa, quando a procissão ainda vai no adro, é uma tarefa difícil e condenada ao fracasso.

3 comentários:

Anónimo disse...

Também acreditava ser um bluff. Não sei se Israel não cometeu um erro.

Resta esperar e ao mesmo tempo ir lendo os desenvolvimentos. As análises, como disse, é melhor ficarem para depois.

Anónimo disse...

Sempre o disse: Israel retirar de Gaza foi um grave erro.

Renato Bento disse...

alce,

Isso o futuro o dirá. Espero bem que não.

anónimo,

não concordo. Poderá ter sido um erro na medida em que proporcionou ao Hamas condições para aumentar os ataques contra o Sul de Israel.

Porém, Israel não tinha condições nem queria continuar com o território:

1 - Tinha prometido retirar de Gaza aquando dos acordos de Oslo;

2 - Os colonos de Gaza estavam constantemente sob ataque, apesar de a maioria querer continuar em Gaza;

3 - O território era um encargo financeiro bem penoso: Israel tinha que alimentar os Palestinianos; administrar o território; dispender forças para o local.

4 - A comunidade internacional estava a fazer uma pressão enorme;

5 - Gaza não tinha interesse nenhum, nem estratégico. Israel nunca quis o território para nada nem o quer. Como tal, desfazer-se do território sempre foi um sonho de Israel.

Erro só por ter permitido um recrudescer da violência contra o Sul de Israel. De resto, sair de Gaza só pecou por tardio.