Ao fim de três semanas de intensa lufa-lufa anti-israelita, a esquerda histérica dá folga à garganta e às teclas e aproveita para um merecido descanso. Este é um bom momento para discorrer sobre as razões, conscientes ou não, que puseram a esquerda histérica em tal alvoroço.
Para perceber o que este conflito tem de tão especial talvez seja boa ideia pô-lo em contraponto com outros conflitos ativos e que não despertam clamores indignados nem especiais preocupações à esquerda histérica. Tomemos alguns casos:
-Sri Lanka; o exército combate as guerrilhas independentistas do Tamil Eelam. A população tamil habita uma zona bem delimitada do Ceilão e constitui uma identidade nacional claramente definida. No combate contra as guerrilhas, o exército não poupa as populações da minoria tamil. Onde estão as manifestações a favor da luta pelo direito à independência do Tamil Eelam promovidas pela esquerda histérica?
-Chechénia; as tropas russas mataram indiscriminadamente civis, cometeram barbaridades contra inocentes perante o olhar distraído de quase todos. É difícil imaginar povo mais humilhado e massacrado noutro qualquer lugar do mundo. Os chechenos não contam com o apoio da ONU nem de qualquer outra instituição internacional. Onde estão as lágrimas e os clamores da esquerda histérica?
-Darfur; o exército e as milícias apoiadas pelo Governo já mataram cerca de 300 mil civis. A violação de mulheres e menores faz parte dos procedimentos habituais dos agressores. Estão atualmente deslocadas mais de um milhão de pessoas. Os desalojados vivem em situação muito difícil nos países vizinhos e no próprio Sudão. Apenas uma parte deles conta com a ajuda alimentar da ONU e de alguns dadores internacionais. Centenas de milhar de homens, mulheres e crianças morrem de fome e sede longe da sua terra. Quantas manifestações foram organizadas frente à embaixada do Sudão pelos militantes da esquerda histérica?
-Congo; um Governo corrupto apoiado por alguns países europeus combate a guerrilha opositora. Tropas governamentais e da guerrilha chacinam populações civis sempre que atuam em áreas de etnias que suportam as forças opostas. Quantos posts foram escritos sobre o assunto nos blogs moralistas da esquerda histérica?
Então, o que é que o conflito em Gaza tem de tão especial comparado com estes? Qual é o condimento que faz com que a esquerda histérica grunha tanto contra Israel e se cale ainda mais sobre estes outros conflitos, todos eles mais graves?
Para perceber, comecemos por procurar o que há em comum entre estes casos e o conflito árabo-israelita.
Em todos eles está presente uma desproporção de forças entre os contendores. Em todos existem crimes de guerra incomparavelmente maiores que aqueles que se pretendem assacar a Israel. Em todos eles a parte mais fraca tem muito menos privilégios e cuidados que os dispensados aos palestinianos por vários países e por organizações internacionais.
Portanto, não é o que estes conflitos têm em comum que nos fará perceber o porquê de tanta verborreia da esquerda histérica contra Israel.
Tentemos então refazer comparações começando pela outra ponta: o que é que o conflito árabo-israelita tem que os outros conflitos não têm. Terá de ser por aqui que descobriremos qual o móbil da esquerda histérica.
Então, o que é que Israel tem de diferente por comparação com Rússia, R.D.Congo, SriLanka e Sudão? O que faz de Israel um caso tão especial que o distingue dos outros e atrai a animosidade da esquerda histérica?
O que distingue Israel dos outros é que Israel é um Estado essencialmente judeu. É isto que Israel é e que os outros não são. É a natureza e a génese judaica de Israel que, consciente ou inconscientemente, move e impulsiona as aversões da esquerda histérica e a levam a dar tanta importância a este conflito e a ignorar qualquer um dos outros, apesar de qualquer dos outros conflitos ser maior e mais grave do que este.
Em conclusão, a esquerda histérica é movida a cinismo e a anti-semitismo, como muitos já perceberam e outros tantos desconfiam. Não é por mera coincidência que a esquerda histérica anda de braço dado com nazis e islamitas.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
-
Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
-
Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
58 comentários:
Não podia estar mais de acordo consigo. No meio da histeria vão aparecendo aqui e ali, pessoas que defendem abertamente o fim do Estado de Israel. Nunca vi, aqueles que dão guarida a este histerismo (BE, Daniel Oliveira, Miguel Portas, e afins), a demarcarem-se de tais pessoas. No meio de tanta gritaria, daqui a uns anos, parecerá normal extinguir Israel.
Parabéns pelo blogue :)
”Portanto, não é o que estes conflitos têm em comum que nos fará perceber o porquê de tanta verborreia da esquerda histérica contra Israel.”
No dia 20 de Janeiro, portanto nem há muito tempo, há 6 dias atrás, Afshin Ellian disse no Fiel Inimigo precisamente a mesma coisa!
A enorme atenção dada ao conflito na Palestina leva-nos automaticamente à questão: Será o povo palestino o mais lamentável ao cima da terra? Com certeza que não. Os Palestinos, em comparação com outros povos vítimas de conflitos, obtêm sempre mais atenção de organizações internacionais, de estados e da imprensa. Africanos e Chechenos são por vezes chacinados em massa por regimes ditatoriais – nada que se possa comparar com o que se passa na Palestina - mas para estes não há tanta antenção nem tantos subsídios.
Mas toda esta atenção de vários países e organizações para com os Palestinos não fazem com que eles sejam mais felizes. Porque na realidade esta atenção muito especial dada aos Palestinos nada tem a ver com eles, é tudo por causa do inimigo, por causa dos Judeus. Nunca vi Van Agt [ex-primeiro ministro da Holanda entre 1977-1982, católico e de direita. Nota do trad.], Van den Broek [ex-ministro dos negócios estrangeiros no mesmo período e do mesmo partido que Van Agt. Nota do trad.] ou outros membros europeus do clube anti-israel tão emocionados e tão preocupados com outros conflitos de maior envergadura. Neste caso a sensatez e a proporcionalidade é completamente posta de parte. Resumindo, os adversários dos Palestinos com a sua história bem específica é que fazem com que os Palestinos se tornem tão interessantes.
"O que distingue Israel dos outros é que Israel é um Estado essencialmente judeu. É isto que Israel é e que os outros não são."
E isto quer dizer o quê?
De resto, estou de acordo. Israel não faz nada que outros não façam. A chacina, essa coisa tão natural, mais do que tolerada devia ser louvada.
Mas não se contenha e alargue-se pela histeria semita, também ela, de veras, curiosa. Até porque. vejamos: se um por um lado temos a esquerda caviar e laica a bramir pelo povo de Alá, do outro, estão os liberais, neojudeus, judeus de Carnaval (só metem a máscara em alturas das festas da IDF), todos prostrados ao bezerro de Ouro. É uma coisa bonita de se ver, confesso.
Absolutamente. Já tinha comentado isto noutros blogs e no meu próprio. A guerra que Israel trava se calhar vai ser aquela que a Europa vai ter que travar mais tarde ou mais cedo: só que a Europa não tem a endurance nem a inteligência do Estado Hebraico. Pura e simplesmente o Islão é incompatível com o Estado de Direito. A esquerda bafienta funde-se com os parceiros nazis num ódio comum: os judeus. São ambos contra o Estado de Direito mas não são compatíveis: são absolutamente contraditórios. A ONU é um conjunto de trapaceiros que vamos aturando e uma das suas qualidades é hipocrisia. Um dia a esquerda bafienta e os islamitas vão degladiar-se mas nessa altura a civilização, tal como a conhecemos, terá terminado e eu não quero estar cá para ver. Vai ser muito feio...
"A ONU é um conjunto de trapaceiros". Palavras sábias, palavras sábias. Como estas:
"Então o homem disse: Solta-me, porque já está a romper a aurora". Jacob respondeu: "Não te soltarei, enquanto não me abençoares." O homem perguntou-lhe:"Qual é o teu nome?" Ele respondeu:"Jacob". O homem continuou: "Já não te chamarás Jacob, mas Israel, porque lutaste com Deus e com homens, e venceste."
O Estado de Direito, pá!
A páginas tantas no Talmude, também se pode ler a fundação de um Estado de Direito. No que diz respeito à constituição, obviamente, divina israelita (O pentateuco), diz-nos:
"Um não-judeu que estude a Tora é digno de morte, pois Deuteronómio 33:4: Moisés deu-nos uma lei, uma herança para a assembleia de Jacob." Depois tem uma referência ao Levítico e a pergunta: como sabemos que um não-judeu estuda a Tora?
Esta é fácil. Porque no judaismo a conversão é obrigatória, daí a referência talmúdica ao "homem em geral", porque o judaísmo pressupõe, curiosamente, a conversão religiosa e cultural de todos os não-judeus.
Voltando ao Deuteronómio:
Feliz de ti, Israel!
Quem é como tu,
povo salvo por Javé?
Ele é o escudo que te protege
e a espada que te conduz à vitória.
Os teus inimigos
vão querer adular-te
mas calcar-lhes-ás as costas.
Claro que é um conjunto de trapaceiros. Como os jornalistas. Como os europeus. Como as Convenções de Genebra. Como os Médicos do Mundo. Como a Cruz Vermelha. Como a Unesco. Como a OCDE. Como a Organização Mundial de Saúde. Como a AMI. Como a Amnistia Internacional. Como o IPCC. Como o Guardian. Como o al-Haaretz. Como o Chomsky. Como a Hanna Harendt. Como o Al Baradei. Como o Edward Said.
Ah, não, vou rebobinar. Estes são só trapaceiros a nível individual.
Quem falta aqui na Grande Cabala da Loja Unida contra os Cavaleiros do Apoclipse?
E sem querer maçar muito caríssimo Anónimo, atente que só depois da conversão ao judaismo é que se está apto para receber a palavra divina, que lhes foi unicamente revelada confiada. Daí a sua aversão e ódio ao Cristianismo, ao Helenismo e ao Islamismo, a tudo o que defenda um Paraíso sem porteiro. E, já agora, muito curioso meter na mesma frase Islão e Europa, e dizer que estes são incompatíveis, quando os árabes em espaço europeu, na maioria das vezes, sempre conviveram pacificamente com os cristãos. Se é certo que foi ao Califa que deu a maluqueira de queimar a biblioteca de Alexandria, também é certo, que é aos Árabes que devemos a preservação dos manuscritos da Biblioteca. Se fosse um Rei Judeu, ninguém, hoje, poderia ler Aristóteles, por exemplo. Veja o ódio que os académicos judeus guardam aos gregos.
Pedro:
No corão estão coisas muito piores, tal como na biblia. Graças a Ala que a maioria dos cristãos e judeus não levam a sério as barbaridades (em tempos idos questões bem pragmaticas)que por lá habitam.
O mesmo não se pode dizer dos islâmicos...
Carmo da Rosa:
A conclusão do PP é a mesma, mas o caminho diferente e bem construido, sucinto e exemplificativo.
Bob.
Compreendi. Não faz a mínima ideia do que está a falar. Não admira, pois, que tenha muito para dizer por esses blogues adentro.
Caro Pedro, a sua argumentação, desculpe dizê-lo, está pejada de estereotipos e contradiçõpes
1º-A religião judaica não é prosélita. Pelo contrário, é exclusivista, é até das mais exclusivistas que há. Só assim se compreende que, sendo milénios mais antiga que o cristianismo e o islamismo, tenha infinitamente menos fiéis.
2º- A sua ideia sobre a bondade da civiização islâmica que traduziu os livros e patati patata, ´r o resultado doutrinação.
Já Goebbels dizia que se se repetir uma mentira muitas vezes, acaba por passar como verdade.
No início do séc IV da Hégira, os ulemas rejeitaram os conhecimentos helénicos, por incompatíveis com o Corão.
Por isso cantar loas à herança cultural do Islão é um acto de puro masoquismo.
Em pleno auge do islamismo, a civilização estava em Bizâncio, não em Meca e muito menos em Córdova.
Mas não só. A Europa não era o buraco negro que a fábulas contam.
Em 745, a arquitectura carolíngea integrava as formas clássicas romanas com elementos locais (Aix-la-Chapelle, Mosteiro de Saint-Gall, etc)
A pintura carolíngea inspirava-se na iconografia romana. A ourivesaria era notável
Em 650, ainda Maomé era zero, no mosteiro francês de Luxeuil, produziam-se livros com fantásticas iluminuras.
Carlos Magno e seus sucessores favoreceram um renascimento intelectual e artístico, com grandes construções de catedrais e palácios e criação de escolas monacais onde frades praticavam a iluminura e copiavam livros de autores clássicos que assim foram salvos do esquecimento.
Não foram só os árabes, não…isso faz parte do mito e de resto, os árabes fizeram bem pouco neste campo.
Fala-se muito da medicina, mas os médicos eram quase todos judeus. Neste campo, o mais famoso muçulmano era o persa Avicena, mas o seu tratado de medicina, foi directamente copiado do grego Galeno, que viveu alguns séculos antes dele..
Não havia ciência. A ciência é um produto da nossa civilização. Havia conhecimentos empíricos e especulativos, nenhum deles produzidos pelo Islão ou pelos árabes.
Quanto à álgebra, embora o termo derive do árabe, foi um persa que o cunhou. E a álgebra, como disciplina já era praticada na Babilónia, Grécia, China e Índia, séculos antes de Maomé.
3º Tem piada que você garanta as boas relações do mundo islâmico com a Europa, quando foi e é o Islão a maior ameaça à Europa, desde há mais de mil anos a esta parte. Se não sabe, passa a saber. As pontas do Islão já estiveram para lá dos Pirinéus e às portas de Viena. Se vir a distância entre elas, perceberá quão perto estivemos do fim. E nos dias de hoje, a maior ameaça que enfrentamos é o islamismo, quer pelo terrorismo externo, quer pela guerra cultural que aos poucos vai tomando conta da Europa,por dentro, minando os fundamentos de uma civilização brilhante e ímpar.
3º- Se o Pedro, discorda de tese do PP, sobre a razão explicativa do inusitado interesse da "causa palestiniana" por todos aqueles que odeiam o liberalismo, a democracia e o capitalismo (extrema-esquerda e extrema-direita), então qual é a razão que você encontra para esse inusitado interesse?
É que, havendo quase 200 países no mundo, havendo povos em situações bem mais difícieis e penosas que os palestinianos, como explica que todos os radares se foquem em Israel?
Qual a sua tese?
A situação criada pela Nakba e pelos crimes nazi-sionistas é única porque á Palestina é a única região do mundo que pode provocar um nova guerra mundial. Daí o interesse especial que provoca. Mas há mais: é uma tragédia que já dura há 60 anos, o que impede o luto. Tragédias enormes mas instantâneas como a do Ruanda ou mesmo a shoa permitem fazer esse luto, tanto mais que, terceiro ponto, nesses casos há unanimidade mundial sobre o carácter criminoso desses acontecimentos. Na Palestina, não: os palestinianos são o único povo ocupado que é qualificado de "terrorista"... o que agrava a revolta e ameaça fazer explodir o mundo. Alguém chamou terroristas aos tutsis ou aos judeus da II Guerra ? Isto é, ninguém contesta que há (houve)crimes nas regiões citadas. Mas pretende-se que a situação na Palestina ocupada é legal, que os ladrões de terras têm direito ao seu estado apartheidesco e que os expoliados são "terroristas" se pretenderem reaver os seus bens pela mesma força com que estes lhes foram roubados.
Logo, NÃO SÃO SITUAÇÕES IGUAIS. Ou o mundo desmonta a bomba no Médio Oriente, ou preparem-se para uma guera mundial apocalíptica que poderá ser o fim da Humanidade...dadas as armas hoje existentes.
Porque metam uma coisa na cabecinha: a Nação árabe NUNCA aceitará a Nakba e esmagará os nazi-sionistas.
Pode dar-se o caso de eu não estar a ler bem, por causa da falta de sono, mas, respondendo-lhe:
Começando pelo prólogo: estereotipos? Sim. Estão no livrinho deles.
1 - o que é que eu disse?
2 - Qual doutrinação? A judaica? Pois, eu estudei, estudo/trabalho num "templo de saber" maioritariamente financiado por judeus, num país controlado por judeus. Por isso é que gosto muito de cá estar, porque judeus só os mascarados de carnaval. Que me lembre, também não disse que a Europa era um buraco negro, logo, dispenso aulinhas sobre Idade Média.
3 - Também me quer parecer, e também posso estar enganado, mas, sinceramente, tenho as minhas dúvidas, que quem andou a minar a civilização brilhante durante séculos e séculos foi a judiaria e não os árabes. Curiosamente, é coisa que ainda hoje se vê. Digo eu, que estou doutrinado e vejo muita televisão.
4 - Pois, não sei, talvez porque a maioria dos megafones sejam controlados por judeus, hã? Talvez, pá, é que eu não sei nem vou passar a saber quem é que manda nos media, porque, e é uma verdade, tenho mais do que fazer, e como diria o Olmert, tenho o direito divino de não ser doutrinado por adiantados mentais.
Mas, já agora, explique-me lá, devagar, devagarinho, qual é a justificação para Israel estar ali. Diga-me lá, que eu de cultura hebraica percebo pouco e nunca fui doutrinado pela Luísa Almendra.
ML
Agora a nossa ml arranjou companhia nova. Até aqui era um totinho que chega a dar dó. Agora é um nazi. 'Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és'.
Pedro
As suas sitações bíblicas têm uma particularidade: nenhum líder religioso ou adepto judeu ou cristão as encara como algo que deva ser aplicado hoje.
Interessante que não nos traga citações do Corão, carregadas de ódio e promessa de morte (aos outros) e que os muçulmanos diariamente tentam pôr em prática.
Euroliberal
Portanto, se percebi bem, as evidências, os factos, a realidade são coisas menores comparadas com a crença de que "Israel é que é mau". Mais ou menos como dizer "a unha encravada é que é lixada e deve ser tratada, pouco importam os carcinomas na testa e no pescoço".
A justificação para Israel estar ali é a mesma que o Brasil tem para estar no Acre, que os russos têm para estar na Prussia oriental, que os australianos têm para estar na Austrália, que os Zulus têm para estar no Natal, que os peruanos têm para estar no norte da bacia amazónica, que os paquistaneses têm para estar na Caxemira oriental, que os chilenos têm para estar na sua provincia mais a norte e mais um monte de outras situações em que uma população maioritária decide que o território em que está agora é deles e não de quem estava lá antes.
O seu problema é que estes são judeus, e os outros não são.
Não vale a pena, é muita erudição para mim, a minha cabeça não chega lá.
Pedro
"Não vale a pena, é muita erudição para mim, a minha cabeça não chega lá."
Convenhamos que isso é vantagem sua sobre os outros estúpidos que costumam ocmentam por aqui: vc enxerga-se.
Corrijo o meu comentário anterior, escrevi Caxemira oriental e devia ter escrito Caxemira ocidental.
Basta avaliar a correcção ortográfica, para se perceber que estou perante um gigante: daqueles que governavam Lilliput.
É que as aulitas têm graça, mas a verdadeira "sabedoria" é preciosa. Vamos lá ver:
"Interessante que não nos traga citações do Corão, carregadas de ódio e promessa de morte (aos outros) e que os muçulmanos diariamente tentam pôr em prática."
Mais interessante ainda é sua excelência não fazer ideia do que é o Talmude ou a Bíblia, ou que os Judeus, todos os dias, põem em prática, quanto mais o Alcorão. Mas, vindo de uma pessoa que sem me conhecer topa-me um problema com judeus, é de esperar tudo. Um sábio.
Diz ainda você, em resposta ao Euroliberal, "Portanto, se percebi bem, as evidências, os factos, a realidade são coisas menores comparadas com a crença de que "Israel é que é mau". Ora, percebeu, e percebeu bem. Para si, os factos, as evidências, os factos, a realidade, a história de um povo são coisas menores comparadas com a crença de que "Israel é que é boa!"
E acrescenta a justificação para a localização de Israel: uma população maioritária decide que o território em que está agora é deles e não de quem estava lá antes. Por esta lógica abençoada paulina, não tarda teremos colonatos angolanos um pouco por todo o Portugal. O Êxodo, afinal, sempre foi conquista.
Agora, diga-me lá: como é que eu, enxergando a minha falha na erudição, não poderia ver daqui, bem longe, esse verdadeiro buraco negro que engole a Lógica, a Gramática e a História? É toda uma estupidez que merecia uma cosmogonia.
@ Pedro: ”se um por um lado temos a esquerda caviar e laica a bramir pelo povo de Alá, do outro, estão os liberais, neojudeus, judeus de Carnaval todos prostrados ao bezerro de Ouro.”
E é claro e evidente que o Pedro se encontra olimpicamente e precisamente no centro das esferas, porque no meio é que está a virtude…
E pelos vistos os judeus como não estão no seu centro, e como disse o Paulo Porto e muito bem: ”O seu problema é que estes são judeus, e os outros não são.”
Isto já não tem nada a ver com política, tem tudo a ver com inveja, porque os Judeus tiveram QUATRO campeões do mundo de xadrez… será?
Não faz a ponta dum corno da fundação do Estado de Israel, da história daquele território, o porquê do local escolhido, etc. Na volta, nunca entrou numa sinagoga. Está mais do que apto, meu caro, a um segmento de opinião na Tv ou em qualquer jornal de referência.
Carmo da Rosa,
Precisamente.
Caro Pedro, a sua diatribe contra os judeus, responde cabalmente à questão que lhe coloquei.
O que o faz mover é o ódio.
As mentes débeis são facilmente sugestionáveis por narrativas maniqueístas e você está, pelo que aqui escreve, no exacto ponto em que estão todos aqueles que, incapazes de entender o mundo, precisam desesperadamente de um princípio do mal.
Podia ser Deus, podia sero o demónio, podia ser o priorado de Sião, podia ser o Godzila, os ovnis, mas o mais velho vilão são os judeus.
Os judeus que bebem sangue e se reunem, na calada da noite, em volta de caldeirões, a congeminar maldades.
Você é estúpido, profundamente estúpido, mas acredita que sabe o que está na Matrix, acredita que é um dos gajos que tomou a pílula vermelha.
E no fundo repete apenas o velho ódio milenar, é o velho cérebro reptiliano que domina os seus "pensamentos".
Sabe, ainda que você não queira, ainda que você não acredite, mais de 30% da população portuguesa tem genes judaicos.
Você, com elevada probabilidade, é um deles.
Até o seu nome, ou o nick que escolheu é judaico.
Tanta estupidez, meu Deus.
As trevas adensam-se.
E eles a darem com o ódio aos judeus. Você, por acaso, conhece algum judeu? Já entrou numa sinagoga? Tem algum amigo judeu? Já esteve em Israel, para lá do turismo? Ou estão a falar de cor? Sabem alguma coisa da língua, pelo menos? Para quem odeia, até lhes tenho simpatia. Tem razão, é muita estupidez e judeus de brincadeira.
Quanto a Israel, queira você ou não, existe.
A terra não lhe pertence?
Que notário é que diz isso? Quem tem a escritura dos terrenos?
Os árabes? Os ingleses?
E antes dos árabes de quem era a terra?
E antes dos otomanos?
E antes dos Francos?
E antes dos romanos?
Afinal de quem é a terra ?
A terra, meu caro imbecil, é de quem manda nela...é assim ali e em toda a parte.
Você tem terrenos ? Comprou? Então siga a cadeia e recue no tempo até chegar ao momento em que ela não era de ninguém. Como é que passou a ser de alguém?
Eu digo-lhe. Por um acto de posse. Poder!
Ma Israel tem mais do que isso. Tem raízes históricas milenares e tem uma resolução das nações unidas, coisa que, por exemplo, Portugal não tem..apenas um Afonso Henriques a rachar cabeças de mouros à espadeirada.
Se fôssemos pela lógica dos imbecis, não desfazendo, a maioria do países que hoje existem, não tinham qualquer razão de ser.
Quem determinou as fronteiras de quase todos os estados africanos? Angola alguma vez existiu sem a definição de um poder europeu? Moçambique?
Mesmo na região, porque razão o Iraque e Jordânia têm mais razão de ser que Israel? Nunca existiram antes. Foram criados por um poder europeu.
Os àrabes não são da zona. Vieram da Arábia, na sequência das invasões islâmicas. São invasores. Têm tanto direito a reivindicar a zona como os romanos os francos e os turcos.
Já agira, que língua falam os palestinianos? Palestiniano? Algum dia existiu uma Nação Palestiniana? Porque razão nunca se falou nela durante os séculos de sucessivas dependências políticas.
De qq forma, existe um acto fundador cuja legitimidade é a resolução da ONU que determina a partilha da Palestina.
É um facto e não adianta contestar a História.
Os àrabes (não os “palestinianos”) não concordaram, e no dia seguinte à declaração de independência 7 países invadiram o novo Estado. Sem qualquer legitimidade.
Perderam e a partir daí não mais deixaram de tentar deitar os judeus ao mar, quer com várias guerras convencionais, quer apoiando o terrorismo e criando uma identidade “palestiniana “ que nunca existiu. Em Israel há árabes. E mais haveria se os àrabes dos estados vizinhos não têm enveredado pela confrontação.
Os israelitas apenas querem sobreviver porque sabem que sem um Estado que os proteja, haverá sempre imbecis como você, em todas as latitudes e em todas as eras, que os tomam por alvos do seu ódio milenar...
Esta malta não foi parida: foi cagada. E bem deve deve ter custado à mãezinha cuspir tamanho cagalhão. Tal bosta falante, não percebeu nada do que eu disse, não percebeu que devia ir frequentar as aulas da Luísa, que devia aprender hebraico, que devia contactar com judeus, como eu, para perceber que não de ódio que se trata. Trata-se, isso sim, da vontade de um marrano rezar ao bode. Mais nada. Um judeu, daqueles que eu conheço, ortodoxo, tem-vos como palermas. Em boa conta, portanto.
E já que a sua vontade é ter cornos, recomendo-lhe, também, que leia a história do povo israelita e perceba quem são os invasores, ali. Nada como um bode ortodoxo wannabe a falar-me de ódio, sem nunca ter posto o couto em Israel.
Ah, e que não apanhe muito Sol, não vá secar e ainda o confudem com um árabe ou com um cristão.
@ Pedro: ”Por esta lógica abençoada paulina, não tarda teremos colonatos angolanos um pouco por todo o Portugal.”
Pedro, a bem da discussão não convém, ou melhor, dá má impressão esquecer que o contrário já foi possível: colonatos portugueses um pouco por todo o lado em Angola!
Se houvesse agora uma pequena retribuição histórica, que diabo, talvez não fosse má ideia, e os Angolanos têm algumas vantagens, gostam de bola e não perdem tempo a ler o Talmude e outros quebras cabeças de grande gabarito… e, diga-se de passagem, verdade verdadinha, são menos pedantes que a maioria dos locais: sempre com aquele ar enfatuado, constantemente a dar a conhecer o que leram, os sapatos de berloques, as meias de vidro e as unhas aparadas pela manicura – QUE HORROR...
E, para final de conversa, para perceber o ódio milenar aos judeus, a douta digestão de puta, já envelhecida vai dar uma vista de olhos, se faz favor, num livreco de Abun-Nasr, de Llanos y Torrigilia, nos estudos de história do Luis Albuquerque, e no Garcia de Resende.
O imbecil foi o bode seu progenitor que não abortou a cabra no devido tempo. Cagando-o, à cria deu-lhe para o ódio, e para o poder, e para o ganir contra os invasores e a favor dos invasores - um ódio selectivo, e divertido.
Carmo da Rosa,
De acordo, toda a razão, etc, etc, etc, não vou continuar, não vá a minha imbecilidade aumentar e também eu me esquecer de marrar em algum ventre.
Pedro
Vc propõe-se dar aulas de graça. Não se percebe quem possa ter interesse em ter aulas consigo, muito menos o que tenha para ensinar (ok, talvez o conseguir dizer três palavrões a cada duas palavras). Fica-lhe a hipótese de pagar bem para dar aulas. Nesse caso, e desde que se possa faltar às aulas e receber, conte comigo.
Por estas caixas de comentários passam muitos estúpidos. Isso diverte-nos e inspira-nos. Vc é um belíssimo exemplar da espécie: acumula estupidez com ignorância e histeria em doses elevadas.
Já se percebeu que se sente bem a apanhar no lombo: relincha, dá pinotes e volta para apanhar mais. E isso é bom porque nós também nos divertimos a assentar-lhe pazadas no coiro. Volte sempre.
Caro Pedro, contenha por favor a sua aerofagia vociferante
Nada adianta ao assunto e apenas revela a fraca consistência do solitário neurónio que voga desamparado no imenso espaço vazio que existe entre as suas orelhas.
Quanto aos judeus, trate de mudar de nick, porque esse é judeu.
E deixo-o com uma pequena mas verídica história:
Há 500 anos uma multidão de pequenos imbecis, imbuídos do mesmo espírito que a anima, matou em Lisboa mais de 2000 judeus, episódio comum em todas as latitudes e que se repetiu ao longo dos anos e séculos, porque infelizmente a imbecilidade não se extingue, como você demonstra.
Um dia o Rei D. José pediu ao seu ministro, o Marquês de Pombal, que decretasse um distintivo obrigatório para os judeus. Como vê, nem o Hitler inovou por aí além. No dia seguinte Pombal apareceu com três distintivos ao peito e o rei perguntou-lhe porquê.
“Um para mim, outro para inquisidor-mor e outro para Vossa Majestade.”-respondeu o Marquês de Pombal.
Pois é, meu patética imbecil, nós portugueses temos bastantesangue judeu. Uns mais que outros.
Os imbecis, menos!
E foi por termos ido na cantiga dos imbecis que expulsámos e matámos tanta gente de qualidade que ajudou a elevar Portugal ao topo do mundo.
Sabe quem era Baruch Espinosa? É....foi expulso de Portugal e acolhido na Holanda.
Hoje ninguém sabe quem foi o imbecil que o correu, se calhar um "Pedro" como você, flatulento de ódio e ignorância. Mas toda a gente sabe quem é Espinosa a a Holanda dele se orgulha.
Caro Pedro,
Como já deve ter notado, eu evito tudo quanto posso o utilizar de insultos neste tipo de discussões – a razão não é uma esmerada educação, muito pelo contrário, mas porque me dei conta, depois de uma longa experiência a discutir em blogues, que insultar o oponente pode divertir momentaneamente os adeptos mas aniquila imediatamente o nível da discussão, que passa rapidamente a ser uma troca de você-conhece-viu-leu-esteve seguida de insultos, e aí já não há diálogo possível e depois ninguém quer ceder um passo…
Estou a dizer-lhe isto a si, mas estou muito consciente que os meus colegas de redacção também sabem da poda. Eu mesmo já perdi algumas vezes a cabeça e fui, passe o eufemismo, menos correcto com comentadores, o que me obrigou a pedir desculpa logo a seguir.
Mas nos últimos tempos comporto-me exemplarmente e vejo que isso só tem vantagens. Não me enervo e por essa razão dou mais atenção aquilo que o outro tem para dizer. Descubro que por vezes as diferenças de opinião – sem insultos e um pouco de respeito pelo adversário - são apenas semânticas e fáceis de ultrapassar e, veja lá, acho que até sou desta forma mais convincente.
É claro que a blogosfera não é um mar de rosas, e há gente que faz perder a paciência a um Santo (a mim), há gente que sistematicamente não responde a, nem usa qualquer tipo de argumentos. Espero vivamente e sinceramente que não seja este o seu caso.
Shalom
Justamente, Lidador!
E pensar que a primeira sinagoga das Américas foi fundada em Pernambuco/Brasil, em 1630.
Mas foi fechada por tantos Pedros, em 1654. Daí, ela foi-se para Nova Amsterdã, hoje chamada de Nova York. Muito sofreu o Padre Antonio Vieira, a partir desta época: sua defesa explícita aos judeus rendeu-lhe ódio absoluto de brasileiros e portugueses. Seus textos, aliás, são atualíssimos.
Enfim, o progresso civilizatório produzido em menos de um quarto de século, 24 anos, pode ver visto até hoje por lá, em Recife.
Quanto a Nova York, bem, nem eu preciso dizer o que aconteceu depois.
No mais, concordo, o Pedro diverte-me muito também.
Agora a nossa ml arranjou companhia nova. Até aqui era um totinho que chega a dar dó. Agora é um nazi. 'Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és'.
Ora, ora, mas isto está muito interessante, é a alegria no jardim-escola! E a ausência dos mínimos de perspicácia para entender coisinhas simplesinhas. O que não admira, com o tráfego cerebral a fazer-se em via única. Uma ideia para lá, outra para cá, nunca se cruzam.
Sim, sim, vejo aqui alguns tontinhos profundos que me fazem boa companhia, são divertidos. Replicam-se uns aos outros, a individualidade fugiu para parte incerta. Tudo leve, levezinho para não ferir o tecido cortical.
O mundo é cruel, deus não foi justo para todos.
”foi expulso de Portugal e acolhido na Holanda.:
Lidador,
Uma pequena correcção que não altera em nada aquilo que você disse, e muito bem, sobre o grande crime de lesa-pátria: a expulsão dos Judeus. Não obrigatoriamente executada por ESTE Pedro, mas eu compreendo – este estava mesmo a jeito….
O Baruch de Espinosa (Spinoza na Holanda) não foi expulso de Portugal, porque nasceu em Amesterdão a 24 de Novembro de 1632 a 5 minutos de bicla de minha casa. E, vejam lá a minha sorte, foi morrer a Haia em 1677.
Ainda lá está a casa - onde ele polia diamantes entre duas conferências - e uma estátua. A casa-museu fica mesmo em frente da primeira tasca portuguesa de Haia (O Nobre. Já não existe), que fazia esquina com a rua das meretrizes nas montras (que ainda existem) e a 200 metros do Oranjeplein, onde eu vivi alguns anos. Como vêem, estava muito bem acompanhado nessa época (anos 70).
Muito litro de vinho bebi nessa tasca e muitas horas passei a discutir com os emigras locais anti-fascismo, guerra colonial e a Santa Bolinha, não propriamente nesta ordem, mas pensando ao mesmo tempo, quando já estava tocado: como o mundo é cruel, e que Deus só foi justo para com a ML…
Na parede, ao lado da tasca, ainda há alguns anos se podia ler este graffiti CAETANO MOORDENAAR, (Caetano assassino), uma acção de guerrilha urbana executada pelo nosso núcleo anti-fascista – porque o tinto do Nobre era mesmo muito rasca.!
Voltando às judiarias e aos antigos emigrantes, quem realmente nasceu em Portugal e foram expulsos foi a família de Espinosa. O pai, Michael (muito provavelmente Miguel) de Espinosa era marrano e…..chaparro, nasceu na Vidigueira em 1588/89 !?
Alô alô Vidiguera! Vocêses conhecem a anedota?
como o mundo é cruel, e que Deus só foi justo para com a ML…
Não, sr. Carmo, foi justo com muita gente, Gott Sei Dank! Não o foi é certamente com quem discute a Tora e o Talmude com desconhecidos. Às vezes há surpresas.
Já me sinto muito mais animada a enfrentar o padre Carreira das Neves na exegese bíblica.
Certos sectores falam muito na cultura muçulmana com simples intuito mistificatório.
A perversidade consiste nisto: o Islão foi um foco tradicional de cultura; por isso deveis colocar a cabeça no cepo, ele tem o ascendente de vos poder pedir contas.
Não me considero devedor de nada se isso quiser dizer que tenho de me curvar a uma ditadura, pois é disso que se trata, por em Córdoba e em todo o Al-Andalus ter existindo uma côrte de Playboys da época, exercendo soberania.
Assim como noutros lugares.
Por outro lado, para se perceber definitivamente que a Idade Média não foi o quarto negro que alguns tentam encenar, basta ler-se o estudo de Geneviève d'Haucourt "A vida na Idade Média".
Livro maneirinho, esclarecedor, claro e bem informado.
Obra honesta e proveitosa.
E fácil de encontrar...
E ainda: todos os fundamentalismos são perversos, a norte e a leste, a oeste e a sul.
Devem antepor-se-lhes, pois, barreiras eficazes.
Mas no caso do fundamentalismo islâmico, o facto é: historicamente, no caso presente, tem não só a doutrina como a força de a tornar corpo.
E uma força totalizadora.
Não exerçam, pois, falsas analogias com outros eventuais ultraísmos.
Os crísticos bem como os judaicos não representam perigo exterminatório.
Os islamitas sim.
Minha cara senhora ML,
Será que discutir a Tora e o Talmude com desconhecidos equivale ao maternal conselho que todas as mães dizem aos seus filhos quando estes estão prestes a sair de casa para ir para a escola: Ouve filho, nunca aceites nada de desconhecidos?
Ia-lhe perguntar se conhece a anedota da Vidigueira mas arrependi-me. Sei por experiência, por ter levado muito safanão, que as mulheres normalmente não gostam de anedotas. Pela mesmíssima razão - parece totalmente absurdo mas não é - não jogam ténis nem futebol tão bem como os homens, salvo raras excepções. Excepções que por sinal têm características masculinas.
Mas aproveito e pergunto ao José Lencastre, na troca de uma promessa de dar uma vista de olhos no tal Livro maneirinho, esclarecedor, claro e bem informado que ele nos quer fazer ler.
Caro C da R: será mais exacto dizer "que ele nos sugere para lermos", mas tudo bem, hein?
Não conheço a anedota da Vidigueira. Pode então contar?
Saudação firme.
Não, sr. Carmo, não significa isso. Quer apenas dizer que:
esclarecer de modo muito paternalista o que é que um judeu deve pensar e sentir;
decretar o pensamento obrigatório em relação ao estado de Israel com o fraseado habitual nos fiéis licenciados em cultura geral;
aconselhar muito isto e muito aquilo, apelidando de muito anti-isto e muito anti-aquilo, e informando despolidamente que Sexa é um estúpido e um ignorante e em Toras e Talmudes;
que depois a gente entra no blogue do ignorante e verifica que é um indivíduo nascido, criado e doutrinado como judeu,
é de quem precisa mesmo que deus seja um pouco mais benevolente com a sua alma do que com o resto da criação.
As suas observações sobre as mulheres são preciosas.
Podemos contrapor num pormenor ou outro ou a definição tem mesmo que ficar inalterável?
ML
Deixe-se de elabordos ocos, para isso já temos todos que chegue do Sócrates.
Pouco me importa se Israel é judeu, ou cristão, ou ateu, ou budista, ou tudo junto ou coisa nenhuma. O que me importa é o anti-semitismo que está vivo e floresce.
Importa-me que que se tenha feitio para deitar o judeu ao fogo porque lhe caiu uma moeda do bolso roto e é judeu, ao mesmo tempo que não se quer saber de quem mata os outros à pedrada, mas não é judeu.
Deixe as lérias e comente os factos.
anónimo das 16:21: ”será mais exacto dizer "que ele nos sugere para lermos"
Tem toda a razão. Saudação de volta ainda mais firme.
Como não tenho muita experiencia em colocar comentários, saiu anónimo. E era eu, Lencastre, como o C da R logo percebeu.
Et nunc et semper!
Claro que percebi, e percebo também, e diga-se, com um certo alívio, que você ainda é mais digibeto do que eu! hahaha
"Esta malta não foi parida: foi cagada. E bem deve deve ter custado à mãezinha cuspir tamanho cagalhão."
O verniz de fino ironista estalou rápido!
Uma pergunta, caras: este comentador sr. Pedro não foi um que se indignou pelo dr. Andrade Neto ter respondido letra A a um tal Mancha que o insultou à cabeça?
Relinchou, agora? Falou de raspa zero?
Seu Pedro, caras, é portanto de não ver o que lhe passa rente.
Sacou, hem?
Padim Pad'Ciço
E que factos quer que comente, caríssimo PP? Este de que me informou pessoalmente, Agora a nossa ml arranjou companhia nova. Até aqui era um totinho que chega a dar dó. Agora é um nazi. 'Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és', indispensável para a compreensão da chacina em Gaza?
Pois tem razão, devia concentrar-me mais na sua mensagem na terra. Posts, quero dizer. Nós sabemos e deus também como conteúdo e linguagem são uma lufada de ar fresco nas ‘bengalas’ do prezado.
o que me importa é o anti-semitismo que está vivo e floresce.
Olhe, não leve a mal porque não fiz de propósito, mas estou de acordo consigo. Anda aqui um nazi que envergonha qualquer blogue onde entra. Que nunca lhe doa a garganta a aconselhá-lo muito, que nunca lhe doa a língua a destratá-lo muito pelo ódio imbecil aos judeus.
” a gente entra no blogue do ignorante e verifica que é um indivíduo nascido, criado e doutrinado como judeu,”
O ser Judeu ou muito inteligente não é uma garantia para ter a verdade no bolso. Se for ver o primeiro comentário ao artigo de Paulo Porto, verificará que o indivíduo tem também todas as probabilidades de ser Judeu: assina Levy, e pelos vistos está muito contente com as opiniões ventiladas por PP.
Não há Judeus maus e Judeus bons, você está certamente de acordo comigo que há apenas Judeus de todas as cores e feitos – mas todos eles circuncidados. E, além disso, não creio que seja imperativamente necessário conhecer algo em detalhe para se poder fazer uma afirmação correcta. Basta um pouco de bom senso. Os Holandeses chamam a isto ‘o bom-senso do campesino’. Nós fazemos considerações algo no género, sobre a suposta ‘sabedoria popular’!!!
Por falar em bom-senso lembrei-me agora de um amigo meu Português de extrema-esquerda como quase todos nós na altura. Era além disso super-inteligente, aos 15 anos já traduzia livros em alemão sobre sociologia e teoria marxista! que eu saiba não era Judeu e formou-se na Holanda cum laude em sociologia.
Este jovem, apesar de super-inteligente, tinha por hábito em discussões de recorrer a um tipo de demagogia muito terra-a-terra, em pleno contraste com a sua genialidade, sobretudo quando não tinha argumentos, ou tinha mas não estava para se chatear.
Um exemplo. Numa reunião política algures em Haia, surgiu a certa altura uma ligeira diferença de opinião sobre a política portuguesa entre o nosso grupo político e Holandeses ligeiramente menos marxistas do que nós. Esse tal meu amigo virou-se furioso para os holandeses e atirou-lhes com a frase mortal: ‘vocês de Portugal conhecem as praias, eu conheço as prisões’. Fim da discussão.
A mesma pessoa. Outro exemplo.
Desta vez o caso deu-se em minha casa num jantar informal. Um outro amigo meu, o típico emigrante português, beirão, casmurro mas corajoso, teve a ‘desfaçatez’ de afirmar no meio de uma discussão sobre política e entre as feras marxistas presentes: que NÃO ENTENDIA que houvesse gente que não pudesse senão estar contente (como ele) por viver na Holanda capitalista, e não pretendia de maneira nenhuma emigrar para a União Soviética ou para a DDR. Toma lá que já almoçaram…
Apesar de saber perfeitamente que estava a provocar a maioria dos presentes, dizia isto com a naturalidade de quem está confiante que tem a razão pelo seu lado, como se estivesse a falar da necessidade de mudar os travões ao carro. O amigo intelectual não suportando tanta ousadia respondeu-lhe desta forma: pois é Camilo, é natural que tu não entendas, por isso é que eu sou sociólogo e tu electricista…
” As suas observações sobre as mulheres são preciosas.
Podemos contrapor num pormenor ou outro ou a definição tem mesmo que ficar inalterável?”
Nada é inalterável.
"as mulheres normalmente não gostam de anedotas. Pela mesmíssima razão - parece totalmente absurdo mas não é - não jogam ténis nem futebol tão bem como os homens"
Ficou claro? As mulheres não gostam de anedotas porque não têm músculos fortes como os homens.
@ Maria: "Ficou claro? As mulheres não gostam de anedotas porque não têm músculos fortes como os homens."
Não, mas porque são mais adultas.
Esteja atenta ao FIEL INIMIGO porque vou dedicar-lhe um artigo sobre este tema muito brevemente.
Tudo bem, sr. carmo, faço-lhe a justiça de pensar que percebeu bem o contexto e que sabe que eu percebi que percebeu que o seu post era inevitável mas inútil. Porque se o ser Judeu ou muito inteligente não é uma garantia para ter a verdade no bolso, já é garantia de muita coisa andar a pregar-se judaísmo a judeus. E Tora a torados. E Talmude a talmudados.
Este post e comentários são o mais pedagógico que já li na blogosfera, dissipa-se qualquer dúvida que ainda existisse sobre as virtudes do pensamento pendular. Muita ensinança, muita exortação, muito peito cheio de catecismo, muita pazada no lombo relinchante de anti-semitas, muito olho de lince a tirar retratos certeiros. Gente sabedora das misérias humanas, a Brigada do Vício e da Virtude não baixa a guarda.
Este filho de trevas densas, se numa primeira fase ainda passou por um tipo inteligente, foi rapidamente reclassificado de estúpido corânico carregado de ódio e promessa de morte, débil mental invejoso, reptiliano ignorante movido a ódio milenar aos judeus incapaz de entender o mundo – e esta é mais uma daquelas sabedorias imperdíveis que coloca o analista ao espelho.
Espero não estar a ser injusta e não omitir nenhuma qualidade do relinchante. Que, conforme a profecia, dá pinotes e volta para apanhar mais pelo que ficamos esperançados de que venha até aqui continuar a receber lições sobre o povo errante.
Olhe, sr. Carmo, não há palavras. Eu ainda falei em perspicácia, mas felizmente não me perceberam.
Bom, não. De início pensei que iria rir-me toda a vida, mas acho que não. Deus é mesmo impiedoso com alguns, vá-se lá saber porquê, e isso não me dá satisfação nenhuma.
ETIQUETAS: INTELIGENTES / SEVERIDADE DIVINA / QUEM DO ALHEIO VESTE NA PRAÇA O DESPE
Esse meio da imigração portuguesa é um manancial de lições de vida. Se não têm cuidado acabam a fazer um filme ainda mais interessante do que o “Die dritte Generation“ do Fassbinder.
"Olhe, sr. Carmo, não há palavras. Eu ainda falei em perspicácia, mas felizmente não me perceberam."
Tenho apenas duas perguntas. Na realidade tenho muitas mais mas não quero abusar.
Cara ML,
Quem são eles que não perceberam?
E não perceberam o quê?
Enviar um comentário