O mandato de Mamoud Abbas expira esta semana e , como se sabe, a Fatah foi expulsa de Gaza num golpe do Hamas cujas sequelas levaram à morte de mais de 1000 palestinianos considerados simpatizantes da Fatah.
Como é evidente, nem o facto de dezenas deles terem sido atirados vivos do alto dos prédios pelos "irmãos" do Hamas, foi considerado suficiente para apelos a manifestações por parte dos tolinhos de serviço. "Somos todos palestinianos" e tal, mas não dos que se despencam lá do alto.
A carga de porrada que está a ser administrada ao Hamas é desejável para muita gente, desde egípcios a sauditas, passando por jordanos e palestinianos, uma vez que ninguém ignora que o movimento islamista é um peão de brega dos aiatolas iranianos.
Naturalmente não podem deixar de verbalizar as habituais indignações, uma vez que a cartada moral palestiniana é tabu na rua islâmica e toda a gente precisa de mostrar ruidosamente que "está com os palestinianos".
Prestado tributo retórico ao tabu, o que na verdade interessa são as acções. A Fatah tem todo o interesse em explorar o estado de fraqueza do Hamas para voltar em força à Faixa de Gaza, mas não o pode fazer à boleia dos carros de combate israelita. Deslocar para a Faixa de Gaza 5 ou 6 batalhões é algo que a Fatah devia fazer imediatamente a seguir a um cessar-fogo. Se a entrada se fizer por Rafah, com a colaboração do Egipto, fica salvaguardada a imagem e o objectivo é alcançado.
Ou muito me engano ou é isso mesmo que irá acontecer.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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4 comentários:
Creio que tem razão. E se o não fizerem estarão a perder uma oportunidade de ouro que tão cedo não se repetirá.
Seria bom que a Fatah perdesse os complexos e visse, sem paninhos quentes, qual o real interesse do povo palestiniano - não o de opereta mas o real one.
Que a luz do Oriente os ilumine, digo sem desdouro e sem ironia acerba.
ARREBIMBA
Acabadinho de sair do forno, eis o que coloquei mesmo agora no Público fórum, em comentário a um texto da consabida Alexandra Lucas Coelho, ao que me dizem familiar do recentemente defunccionado Eduardo P.C.:
"É extraordinária a soma de malabarismos que certa gente executa, num exercício discursivo fascinante de analisar mas, no fundo, repelente - para condenarem Israel. A entender pelas suas jaculatórias, esta guerra - pois é duma guerra sem quartel que se trata - seria uma questão moral e não uma evidente questão política. Atitude no mínimo desonesta. Sem ponta de ética, apesar dos disfarces a que se entregam com palavrinhas "mansas". Fingem não perceber que, para Israel, se trata de pura sobrevivência colocada que está ante uma soma de países cujo núcleo duro, mesmo que tenha o cinismo de não o confessar, visa a instauração do Califado e por isso, assobiando para o lado, tolera ou apoia os terroristas fanáticos do Hamas e quejandos, que esperam lhes faça o trabalho sujo sem que eles molhem as mãos em sangue. Tenham pudor, ao menos, já que não podem ser verdadeiros e lúcidos.".
ARREBIMBA, malgré lui
Lidador, bem observado. Caro Arrebimba, excelente comentário.
Confrade EJSantos, muito obrigado pelas suas palavras, que revelam ser você um homem ("Chama-se UM HOMEM àquele que sabe o que está fazendo", António Maria Lisboa)que tem a coragem de estar com os que não se rendem ante a pandilha hipócrita dos que por tolice ou primarismo "progressista" fazem o jogo dos islamo-fascistas.
Não ceder, falar alto e claro. Sem retóricas, mas decididamente.
Isso por vezes paga-se caro, creia que sei do que falo, mas vale a pena. No fim, ou até antes, ganhamos a partida.
É como se a tivéssemos ganho já.
O abraço,
ARREBIMBA
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