“O terrorismo é a acção de imprimir, mediante métodos cruentos ou outros o medo, o desespero e o abandono da decisão de resistência no adversário ou oponente” - General Belisário
Caro Xis
Como lhe prometi, apanho uns minutos para lhe enviar estas breves reflexões, que são efectuadas com estima e, também, muita preocupação, uma vez que como referiu num seu escrito Jacques Bergier, que foi membro da Resistencia Francesa e um resistente importante, "o terrorismo pode ganhar, caso aqueles que o enfrentam não o façam com determinação e lucidez".
No caso do terrorismo actual, verbi gratia o mais perigoso e actuante, o terrorismo muçulmano, infelizmente e depois de análises profundas e preocupadas a que tenho procedido, verifico que ele está a ganhar a batalha. E isto é assustador. Passo a explicar-me:
a)
Talvez no terreno operacional a sociedade democrática e as forças oficiais que têm o dever de a proteger, tenham conseguido vitórias pontuais. Mas noutro plano, o plano da propaganda e da conquista interior, pela manha e aproveitando o laxismo que vai grassando nessas sociedades, eles estão a conseguir inegáveis vitórias, cujas causas e efeitos devem ser ponderados para se poder efectivar uma defesa eficaz.
Caso contrário, a médio prazo - e já nem falo em longo prazo - eles vencerão.
b)
O terrorismo, como é óbvio, não actua só no plano imediato, que se contrabalança mediante a preparação de boas e experientes, bem organizadas e bem equipadas forças de segurança. Ele actua num outro, que se diria secundário mas que é fundamental: na preparação do terreno, através de uma prática insidiosa levada a cabo por partidários seus que escavam a determinação do adversário: e eis que aparecem, com grande insistência, exigências absurdas - "direitos" que eles exigem nas universidades, na profissão, nos costumes quotidianos, mesmo já nos hábitos dos países que recebem a sua emigração por exemplo. E às quais a sociedade (onde buscam formar verdadeiros ghettos de privilégio) ou por cegueira produzida por uma falsa concepção de direitos democráticos, ou por laxismo proveniente de um "politicamente correcto" e um "multiculturalismo" mal entendidos, dá cobertura sem verificar que está, paulatinamente, a colocar a corda ao próprio pescoço.
Ou seja: numa sociedade democrática, saudável e real, deve haver CIDADÃOS que podem ser cristãos, judeus, budistas ou muçulmanos; e não cristãos, judeus, budistas ou muçulmanos que, se lhes apetecer, podem ser cidadãos...
Aqui reside o fulcro do problema. Esta é que é a fraqueza de base da nossa sociedade. E por isso ela está a perder a batalha.
Que dizer, por exemplo, ao deixar-se que (e neste caso falo dos muçulmanos, que são o perigo real e mais urgente) sempre sob a ameaça velada de que podem ser seduzidos pelos "extremistas", ou no mínimo ficar ofendidos (e daí?), se consente que em inúmeros casos eles reivindiquem ofender os Direitos Humanos mais elementares, com o pretexto que a sua religião lhes dá cobertura e acolhimento?
Esta é, por exemplo, a forma "pacífica" e realmente insidiosa, porque ardilosa, de criar pouco a pouco um terreno favorável a um domínio inegável e que NÃO DEVE CONSENTIR-SE. Pois, no fundo, esse terrorismo não é mais que a fórmula violenta e expressa que assume o desejo de domínio mundial do Islão, QUE É COMUM E MESMO INSCRITA NO LIVRO SAGRADO, assim dito.
Não é democrática, porque visa suprimir e ultrapassar os direitos dos outros.
É assim que já se censuram, de forma ainda "cordata" de momento, mas bem real e efectiva, por exemplo as palavras de um cardeal, que no seu múnus tem o direito de alertar os cidadãos para os problemas que o islamismo está a pouco e pouco a INCREMENTAR (é disto que se trata). Claro, por enquanto mostram-se apenas magoados...Têm pouca força. Se fôsse por exemplo em França ou Inglaterra, basta ler-se a grande imprensa, haveríamos de ver...! (Vê-se a cada passo!).
E neste quadro não podemos esquecer (se o fizéssemos não passaríamos de simples tolos ou, no limite, pior que isso) o papel importantíssimo que têm tido as chamadas "quintas-colunas", em geral integradas por antigos partidários do Leste implodido, que levados pelo seu ódio ao Ocidente democrático transferiram a sua fidelidade para os Estados ou grupos islâmicos que, a seu ver, vão liquidar o "mundo burguês"...
c)
Para se compreender o fenómeno crescente do terrorismo islâmico, tem de compreender-se o facto histórico que lhe está subjacente: a imposição do Califado.
Este é o cerne da questão. O terrorismo expresso, para o qual há ainda Leis, pode combater-se e está a combater-se, mais acertada ou inábilmente. Mas como combater a avançada insidiosa e que, bem vistas as coisas, consegue de maneira "pacífica" o que os outros buscam de forma mais brutal?
Mediante leis equilibradas, o Mundo Democrático e livre, sem ceder a chantagens, tem de dizer firmemente: "Pratiquem a vossa religião. Há liberdade para isso. Mas a sua prática não vos dá o direito de ultrapassarem os direitos humanos que tanto custaram a conquistar. A prática da vossa religião não pode consistir, nem consentiremos que se sobreponha, numa forma de obviar à prática da cidadania democrática. De contrário, é apenas um instrumento de pressão e subversão inadmissível!".
Caso não haja - e o tempo começa a esgotar-se - esta determinação inscrita em Leis sensatas, é só uma questão de tempo até ao domínio do Islão, de forma total e totalitária. Que é o que o terrorismo visa.
Pensar-se que vamos ser depois "suavemente tratados" pelos "moderados", é pura ilusão. Veja-se o que realmente sucedeu historicamente - e não através de contos de fadas - no domínio muçulmano...A bibliografia é abundante.
E porque - não me dirão? - haveremos nós de ter existir sob o calcanhar (que já se desenha em certos lugares) do ímpeto e leis islamitas?
Com que direito nos querem obrigar a viver no Império de Mafoma? Com o mesmo "direito" que, cá, lhes permite todo o proselitismo e, lá, condena praticantes da fé cristã a mortes ignominiosas?
Caso o Ocidente democrático não abra os olhos com sensatez, acabará mal. Em Byzancio sucedeu isso. Não queiramos repetir o erro. Pois é disto que se trata.
Confio em que leve a quem o puder ouvir a sua palavra clara e profícua. Lúcida e democrática.
Remeto-lhe o velho abraço do seu, de sempre
josé lencastre
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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16 comentários:
É tal e qual isto. Muito bom.
O Islão, é a sacralização do banditismo
Completamente em sintonia. Certíssimo.
Edmundo Hilário
Muito Bom.
Bob
EXcelente análise, caro JL, com a qual estaria 200% de acordo, se os números não fossem o que são...assim fico-me pelos 100%.
A nível global, o islamofascismo define a democracia como o principal inimigo do Islão, e preconiza um regresso às imaginárias glórias do Califado.
E neste aspecto, tanto Bin Laden, à boca cheia, como o 1º ministro turco, com mais subtileza, tanto os radicais como os “moderados”, procuram o mesmo: uma ordem centralizada e anti-democrática.
Os islamistas consideram que a democracia é incompatível com o Islão. Hassan Al Banna definiu-a mesmo como “uma traição aos valores islâmicos". Yusuf al-Qaradawi, o iman residente da Al-Jazeera, convidado de honra de algumas luminárias da esquerda europeia e que já dardejou fatwas sobre o Pokemon, considera que as eleições são “heréticas”.
Apesar disso, os islamistas não hesitam em usar o formalismo democrático para legitimar o seu poder aos olhos da esquerda mundial.
O que a esquerda não entende, porque ignora o conceito de Taqyya, é que a paródia democrática, indica apenas a extraordinária flexibilidade táctica dos islamistas e a sua capacidade para retorcer os nossos conceitos em seu favor.
Erdogan, 1º ministro da “democrática”, Turquia, num momento de descontracção verbal, não o podia ter dito melhor:
“A democracia é como um autocarro. Quando chegas ao teu destino, sais"
"Espero, mein Fuhrer, que faça saber a Goering que como presidente do Reichstag deverá pautar a sua acção, sem se precipitar, pela propaganda delineada na instância própria do NASDP. Usaremos, assim, os métodos democráticos dos nossos adversários para colapsarmos a decadente democracia".
Dr.Joseph Goebbels, do " Diário"
P.J.Coutinho
@ José Lencastre: ” E neste quadro não podemos esquecer (se o fizéssemos não passaríamos de simples tolos ou, no limite, pior que isso) o papel importantíssimo que têm tido as chamadas "quintas-colunas",”
Para quem anda tanto de viagem, nada mau!
E Theo van Gogh entendeu isto logo desde o início, por isso chamava aos salafistas cá da praça ‘a quinta coluna dos enraba-cabras’. E os salafistas perceberam que ele percebeu, por isso o mataram - não foi por causa das cabras…
«........mini-spam........»
Separatismo na Europa
---> Deixem-se de certas conversas da treta... e concentrem-se naquilo que é verdadeiramente importante: combater o etnocídio europeu que por aí se avizinha!...
---> Só há um caminho a seguir: antes que seja tarde demais, contra a (cada vez mais poderosa) Inquisição Mestiça, há que mobilizar, para o SEPARATISMO, aquela minoria de europeus que possui disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência...
Nota 1:
-> Cuidado: Existem Predadores Insaciáveis [Africanos, Mestiços, Árabes, Asiáticos,......] que estão numa corrida demográfica pelo controlo de novos territórios...
Nota 2:
-> Há que assumir a ruptura total com os Parasitas Intolerantes (vulgo parasitas brancos - a maioria dos europeus): como não constituem uma SOCIEDADE SUSTENTÁVEL - isto é, uma sociedade dotada da capacidade de renovação demográfica -, eles (os Parasitas Intolerantes - vulgo parasitas brancos) procuram infiltrar-se em qualquer lado: quer importando outros povos para a Europa... quer deslocando-se para o território de outros povos...
ANEXO 1:
TODOS DIFERENTES!!! TODOS IGUAIS!!!
Isto é, TODOS os Povos Nativos do Planeta Terra:
-> INCLUSIVE os de 'baixo rendimento demográfico' (reprodutivo)!...
-> INCLUSIVE os economicamente pouco rentáveis!...
devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no Planeta!!!
ANEXO 2:
Contrariando aquilo que os espertalhões da Inquisição Mestiça pretendem... não devemos ser Fundamentalistas!!!... Assim sendo, devem ser considerados NATIVOS todas as pessoas com, pelo menos, x % de GENES TÍPICOS NATIVOS... ( nota: x% -> a definir por uma comissão científica )
ANEXO 3:
Não sejam uns IMBECIS! Abram os olhos: não há tempo a perder com os Imbecis Militantes (vulgo nacionalistas, e afins) que não querem admitir aquilo que toda a gente sabe: a MAIORIA dos europeus são 'dignos herdeiros' da sociedades europeias exploradoras de escravos do passado: adoram mão-de-obra servil ao 'preço da chuva', e outras negociatas de lucro fácil....
Caro José Lencastre,
Excelente texto. Muito lúcido.
Ó pvnam, não percebi patavina. Troque lá isso por miúdos e , se possível com menos maiusculas.
Parece que está a falar e código morsa, ou a vender cobertores.
Vamos lá, sente-se aqui e fale como as pessoas.
Vamos lá, sente-se aqui, beba um copo, fale como as pessoas. E TIRE-ME O COBERTOR DE CIMA DA CABEÇA...
Vá lá...
não tarda nada e temos quase tantos "contribuintes" como leitores deste "simpático" blogue.
Vejam lá se mantêm uma "linha editorial" coerente, com tanta gente a contribuir.
Para já, não "temos" (grandes) motivos de queixa, e este artigo do José L. encaixa que nem gingas na nomenclatura do blogue ( embora não na "linha dura", pois para isso temos o nosso "fiel lidador" e outros simpáticos melgas, que Nosso Sr. J.C: os bafeje por muitos anos, amen).
À Equipa:
A propósito de fascismo islâmico, convido-vos a visitarem a minha "loja".
Encontram lá uma pequena distopia denominada "Armilar Blindada".
Cumprimentos a todos.
Mas foram só dois que entraram... Eu e o lord Greystock, que nos ampare com sua poderosa figura!
E já agora uma piada mansa e fraterna para o Lencinho, a quem agradeço a referência amável: não era um tal Conde de Lautréamont, um belo exemplar de direitista monárquico, que dizia com algum chiste "A poesia deve ser feita por todos, não por um só"?
Se calhar isso também está a chegar ao articulismo bloguístico.
E era uma bela pirraça aos que sonham com a extinção, acho eu, sabe-se lá, dos contribuintes.
Esta trupe de judaizados multiplicada...
Yep!
Nacht Eldar, que pesadelo!
Felizmente que aquilo não será assim.
De facto por essa altua este país já não existirá.
No seu lugar terá sido implantada uma vasta plantação de tâmaras para dar de comer aos camelos dos vizires do Reino residentes na capital andaluza, Sintra.
O LENTE
Aquela distopia é irreal, constituindo um convite à reflexão.
Cumprimentos
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