É bem sabido que por esta altura os seguidores do Mullah Miguel andam empenhadíssimos a denunciar a perfídia dos cães judeus que invadiram a Taifa de Gaza. A tal ponto que um fiel amigo do Islão noticiou que se previa a ida do Mullah em peregrinação à Taifa de Gaza. E foi isso mesmo que Mullah Miguel fez, peregrinou até à Taifa onde foi dar pessoalmente uma palavra de conforto aos confrades do Hamas.
De regresso das terras sagradas do Islão, Mullah Miguel escreveu uma comovente narrativa na primeira pessoa da sua peregrinação. Mas a coisa vem muito mal contada, pelo que o Fiel-Inimigo (quem mais?) descreve aqui e agora aquilo que o Mullah, na sua emoção, nem teve tempo para relatar.
Tal como Mullah Miguel previu, os infiéis não o deixaram entrar na Taifa a partir da terra sagrada da Palestina ocupada. O Mullah foi assim obrigado a entrar na Taifa a partir das terras do Egipto que, ainda que governadas por outro cão pró americano, pelo menos não são governadas por um cão que, além de pró-americano, é sionista. Como se vê, para o Mullah Miguel o que vale ao Egipto é Allah.
À chegada à Taifa os combatentes do Hamas receberam o Mullah Miguel com a hospitalidade que se dispensa a um velho conhecido e logo se prontificaram a levá-lo à frente de combate contra os inimigos da Religião da Paz. Mas o Mullah ficou imediatamente em sobressalto por um lampejo recebido diretamente de Allah. Desconfiado da oferta, perguntou:
- Então, e como me protegerei eu das balas dos infiéis?
Respondeu-lhe um dos candidatos a mártir:
- Oh Mullah Miguel, fazes como nós e escondes-te atrás das mulheres e das crianças, ou em alguma escola. Mas os melhores esconderijos de todos são mesmo os hospitais.
- Oh futuro mártir, combatente do Islão, meu irmão, isso é que não. Depois os infiéis da minha terra ainda vão dizer que eu não passo de um cobarde terrorista, não pode ser. Viver entre kaffires é muito difícil, há sempre quem diga mal desses privilégios próprios dos fiéis muculmanos.
Assim fica demonstrado que quem pensou que Mullah Miguel não visitou a frente de combate contra os cães judeus por ter medo de ser confundido com um algum terrorista e não voltar pelo próprio pé enganou-se. Ele não fez tal visita por culpa dos kaffires, como nós.
Pediram então ao Mullah Miguel para que não abandonasse a Taifa de Gaza sem se se prostrar numa mesquita e rezar a Allah pela vitória final do Islão na Taifa, coisa que os estrategas do Hamas prevêem para os próximos dois ou três dias.
Novamente a graça de Allah iluminou o entendimento do Mullah Miguel, como se vai ver pelo diálogo que se seguiu:
-Então, mas os cães judeus não estão a bombardear as mesquitas onde os amantes da paz armazenam grandes balázios? Não é verdade que eles deixam cair uma bomba sobre as casas de oração dos crentes, e depois a bomba vai bater nos balázios lá escondidos e as mesquitas sobem aos céus?
-É verdade, oh Mullah Miguel, é uma infâmia essa dos cães judeus fazerem as mesquitas irem pelos ares agarradas aos Qassams e aos Grads que nós guardámos com tanto cuidado lá dentro. Eles deviam saber que só o Profeta está autorizado pelo Corão a fazer as mesquitas subir aos céus.
-Então, oh combatentes do Islão, e não há por aí alguma mesquita que não esteja a servir de armazém de Qassams e outros balázios que vocês, oh valentes, atiram à toa sobre os cães judeus?
-Não, oh Mullah Miguel, as mesquitas estão todas carregadinhas de bombedo que Allah, o misericordioso, nos fazia chegar pelos túneis antes de os sionistas os terem destruído quase todos.
-Então, oh combatente do Islão, o melhor mesmo é eu ir prostrar-me e orar para outro lado, não vá o cão sionista tecê-las…
-Mas ainda só chegaste há uma hora e meia e já te vais embora? E depois, onde irás tu prostrar-te e orar, oh Mullah Miguel?
-Vou prostrar-me e orar no Parlamento Europeu.
-Mas o Parlamento Europeu agora já é uma mesquita? Eles lá também se prostram antes e depois dos sermões?
-Não, oh quase mártires, meus irmãos, ainda não é, mas já esteve mais longe.
Com estas palavras de esperança num futuro mais verde, Mullah Miguel virou costas à Taifa de Gaza. Em breve irá pregar ao Parlamento Europeu a valentia guerreira dos combatentes do Hamas e das mulheres e crianças atrás de quem eles se escondem.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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8 comentários:
"cobarde terrorista"
Cobarde activista, sff!
Excelente. Excelente.
.
Vê lá se o mullah Miguel te lança uma fatwa, eheheh
Boa ... fartei-me de rir. Vou beber um copito de Porto a ver e aguento que já me doí a barriguita.
Não se esqueçam que o "inventor" do trotsquismo era um judeu.
O porco e escroque do Madoff também é judeu.
Este post está soberbo.
Grande PP.
fartei-me de rir também. a malta por aqui está em alta
:0
ezequiel
È caso para perguntar:
Onde é que estão os ataques a civis qnd são precisos?
Bob.
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